Arqueólogos encontraram, por acaso, o jardim do imperador Calígula em uma das áreas mais movimentadas de Roma, na Itália, no início deste mês.
A descoberta só ocorreu por fatores externos da capital italiana. No próximo ano, haverá o Ano Jubilar 2025, realizado pela Igreja Católica a cada 25 anos no Vaticano.
Desse modo, em maio de 2024, a prefeitura de Roma anunciou a transformação da Piazza Pia em uma área exclusiva para pedestres, ligando áreas turísticas do Vaticano. Mas como os arqueólogos encontraram o jardim de Calígula?
Por trás da descoberta
Em Roma, qualquer obra realizada na parte histórica e escavações arquelógicas antes de iniciar o processo de construção.
Por isso, durante o projeto de reforma da Piazza Pia, no dia 4 deste mês, arqueólogos se esbarraram com algumas ruínas de uma lavanderia com mais de 1700 anos.
Ao realocar essas ruínas, eles descobriram um lugar cercado por colunas, que mostrava uma área aberta para o cultivo de várias plantas.
No entanto, os arqueólogos identificaram que o local era o jardim de Calígula graças a um cano de água com as inscrições do nome oficial de Calígula, “Caio César Augusto Germânico”.
Além disso, inscrições em outros canos ajudaram a reforçar a legitimidade da descoberta. Em um cano havia a inscrição com o nome de Júlia Augusta (Livia Drusilla), filha de Calígula.
Referências literárias também serviram para identificar o local e seu dono. O formato do jardim, incluindo uma parede de travertino, correspondem aos relatos históricos.
Fílon de Alexandria descreveu em texto um encontro entre Calígula e judeus de Alexandria em um jardim com características idênticas, próximo ao rio Tibre, em Roma.
Essa narrativa consegue ligar os eventos históricos ao jardim descoberto pelos arqueólogos, que se torna mais um elemento para compreender a história de Roma no período de Calígula, entre 37 a.C. e 41 a.C.
O reinado de Calígula é famoso por ser um período de imensa tirania e extravagância em Roma. Ao lado de Nero, Calígula divide o posto de pior imperador romano.