Quando a ocupação de Marte irá acontecer — ou mesmo se o plano sairá do papel algum dia — são questões difíceis de serem respondidas. Mas que os cientistas estão mexendo os pauzinhos para tal, isso não dá para negar.
O projeto de colonizar Marte envolve uma pesquisa profunda. Apesar de nenhum astronauta ter pisado no planeta vermelho, a ciência conta com o trabalho de rovers, que nada mais são do que robôs exploradores.
Um deles é o Perseverance, que está em Marte há um ano. Ele foi enviado para procurar evidências de vida no planeta, tendo como foco a Cratera Jezero, que pode ter abrigado rios e lagos no passado.
Nenhum sinal de vida extraterrestre foi encontrado até o momento, mas isso não aponta para o fracasso do rover. Pelo contrário, ele foi o primeiro a coletar amostras de núcleos rochosos de outro planeta.
Rochas essas que foram classificadas como ígneas – resultado da solidificação do magma. Dessa forma, quando o Perseverance voltar à Terra com o material, os pesquisadores poderão analisar a rocha e descobrir a idade de formações marcianas.
E todo esse processo é feito com auxílio da radioatividade. A radiação provém do decaimento do núcleo dos átomos. Como explicou o , o fenômeno acontece nos elementos de número atômico alto (pesados), com muitos prótons e nêutrons.
Como esses elementos tendem a ser instáveis, eles buscam recuperar sua estabilidade através da emissão de partículas radioativas, se transformando em outro elemento mais estável.
Em resumo, os pesquisadores buscarão elementos específicos nas amostras. Então, já conhecendo o tempo que eles levam para mudar de um elemento instável a outro, os cientistas farão as contas e chegarão à idade das rochas.
Há uma vantagem nas rochas serem ígneas. As rochas sedimentares, por exemplo, são formadas por fragmentos de outras rochas, podendo apontar para diferentes origens e idades. Enquanto as ígneas permitem chegar a uma idade aproximada mais certeira.