Tecnologia

Como será a segurança do show de Madonna no Rio; palco já está subindo

O Giz Brasil ouviu especialistas em segurança para avaliar a proporção do show de Madonna em Copacabana, no Rio de Janeiro, em 4 de maio; confira

O palco para o show gratuito da cantora Madonna começou a ser montado na Praia de Copacabana na última terça-feira (16). A rainha do pop se apresenta no Rio de Janeiro no dia 4 de maio, encerrando a turnê mundial em comemoração aos 40 anos de carreira, a “The Celebration Tour”. O Giz Brasil ouviu especialistas em segurança para avaliar a proporção do evento. Confira abaixo.

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Segurança em debate

A estrutura nas areias da praia de Copacabana é o grande questionamento da segurança do evento, considerando a gratuidade e a magnitude do show. Segundo a organização, a estrutura será semelhante aos eventos do Réveillon e do show dos Rolling Stones, em 2006. O público terá acesso liberado até próximo ao palco, com uma área reservada para imprensa, patrocinadores e autoridades.

Nesses eventos, é comum que esquemas de segurança contem com o auxílio da tecnologia. A Polícia Milita do Rio, por exemplo, já confirmou o uso de drones e câmeras com software de reconhecimento facial. Além de câmeras térmicas e detectores de metais como reforços para combater crimes durante o show.

A previsão é de que mais de dois milhões de pessoas compareçam à apresentação e três mil policiais foram escalados, segundo informações da PM (via CBN).

A tecnologia por trás da segurança no show de Madonna

Ao Giz Brasil, o engenheiro da computação e sócio-proprietário da Frank Fox Informática, Allan De Alcantara, apontou que, em um evento desse porte, é importante considerar aspectos como “gestão de multidões, vigilância de acesso e posicionamento de equipes de segurança, socorro e assistência médica”, por exemplo.

Já o especialista em Cibersegurança e CEO da Open Cybersecurity, Lucas Galvão, acrescenta a importância de mecanismos para detectar objetos perigosos. Ele destaca a adoção de estratégias de contrainteligência que bloqueiam frequências de drones não autorizados, bem como sistemas de captura e intervenção de possíveis ameaças. Dispositivos já anunciados na segurança do show de Madonna, os drones podem ajudar a monitorar áreas de difícil acesso, ampliando o campo de visão. Enquanto softwares de reconhecimento facial ajudam a captar imagens e identificar suspeitos em multidões. Segundo Lucas, o uso de tecnologias para correlacionar eventos e prever comportamento suspeito — adotando critérios que não violem a privacidade e a ética — pode oferecer uma tomada de ação mais rápida.

Além disso, as câmeras térmicas servem identificar anomalias de temperatura, como superaquecimento e incêndio. De acordo com Allan, elas ainda servem para auxiliar “na busca de indivíduos em áreas muito movimentadas ou com muitos obstáculos (áreas verdes, muros, etc)”.

Dispositivos também têm riscos de falhas

Apesar da utilidade, os dispositivos ainda podem apresentar falhas técnicas. Allan ressalta a interferência de sinal ou dificuldades no voo ou controle devido a condições climáticas adversas, no caso dos drones. As câmeras térmicas, por sua vez, podem gerar resultados falsos-positivos ou falsos-negativos devido à proximidade de pessoas e objetos com temperaturas corporais semelhantes, em ambientes abafados. Já as as câmeras de reconhecimento facial podem fornecer resultados imprecisos, sobretudo com o uso de óculos, chapéus, piercings e tatuagens.

Limitações operacionais dos dispositivos também são uma possibilidade. “Até mesmo para as questões de telefonia e rede móvel, onde caso não haja uma estrutura que suporte, certamente sobrecarregará os pontos de conexão”, explicou Lucas ao Giz Brasil. Além disso, ele menciona riscos relacionados à engenharia social, que manipula seres humanos ou se aproveita de seus erros para obter informações confidenciais.

Para evitar problemas similares, a solução é investir no treinamento de profissionais qualificados, proteger dados sigilosos, fazer a manutenção dos equipamentos e a atualização de softwares de controle. O Giz Brasil pode ganhar comissão sobre as vendas. Os preços são obtidos automaticamente por meio de uma API e podem estar defasados em relação à Amazon.
Isabela Oliveira

Isabela Oliveira

Jornalista formada pela Unesp. Com passagem pelo site de turismo Mundo Viajar, já escreveu sobre cultura, celebridades, meio ambiente e de tudo um pouco. É entusiasta de moda, música e temas relacionados à mulher.

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