Ciência

Começa o inverno 2024: vai fazer mais calor ou mais frio?

Com a chegada do fenômeno La Niña, inverno de 2024 terá tempo mais seco no Sul e no Sudeste do Brasil; saiba mais
Imagem: Jordan Wozniak/ Unsplash/ Reprodução

Nesta quinta-feira (20), às 17h51, começa o inverno 2024 no Brasil. A estação continua até 22 de setembro e terá temperaturas acima do previsto, de acordo com o Climatempo. No entanto, com o fim do El Niño e o início do La Niña, o esperado é que o período seja de menos chuvas em relação ao ano passado. Embora sejam esperadas possíveis ondas de calor entre agosto e setembro, a previsão não é de calor intenso. Haverá, sim, dias de frio.

O efeito La Niña

O La Niña deve começar oficialmente entre os meses de julho e agosto, quando alguns efeitos poderão começar a ser sentidos. Na faixa litorânea entre o Rio Grande do Norte e o Espírito Santo, o aquecimento do oceano Atlântico tende a diminuir. Enquanto isso, o Atlântico subtropical deve aquecer lentamente, sobretudo perto da costa entre Santa Catarina e o Rio de Janeiro, devido ao escoamento de ar quente do interior do país.

Historicamente, no Brasil, os anos de La Niña trazem temperaturas mais baixas e chuvas acima da média em áreas das regiões Norte e Nordeste. Já no Centro-Oeste e no Sul do Brasil, o contrário é válido, e as regiões Centro-Oeste e Sudeste podem esperar condições de seca, com ausência de umidade no ar.

Mas, segundo o Meteored, as regiões Sudeste, Centro-Oeste e sul da região Norte, e em especial o Centro-Oeste, devem começar a estação com temperaturas de 2 a 4°C acima da média. Embora o Nordeste tenha precipitação acumulada acima da média, a chuva se concentrará mais no extremo norte e no leste da região. Enquanto isso, no Norte, julho e agosto podem ter chuvas abaixo do esperado.

Tempo mais seco no Sul e no Sudeste neste inverno 2024

No Sudeste, o sul e leste de São Paulo, Rio de Janeiro, sul do Espírito Santo e a Zona da Mata Mineira podem enfrentar momentos de frio polar em julho. Contudo, no geral, a previsão é de tempo seco, principalmente no interior de SP e em Minas Gerais — sobretudo em julho e agosto.

No ES, a infiltração marítima pode resultar em chuvas fracas, assim como no leste de MG. Nos litorais do Rio e de São Paulo, as chuvas serão menos frequentes, mas podem ser mais volumosas. Em setembro, as chuvas serão abaixo da média na Grande SP, Grande Rio e Grande BH. As temperaturas também estarão ligeiramente acima da média em áreas dos três estados, bem como no litoral do Espírito Santo. No interior do ES, as madrugadas podem ser frias. A Serra da Mantiqueira deve ter geadas frequentes por conta de bloqueios atmosféricos. O mês será o mais propenso a ondas de calor. Já no Sul, no início do inverno, bloqueios frequentes ocasionarão chuvas volumosas no Rio Grande do Sul – com destaque para o sul e o leste. Porém, elas terão cada vez menos frequência conforme a intensificação do La Niña.

Áreas do oeste e norte do Paraná devem ter maior déficit de chuvas. A precipitação também fica um pouco abaixo da média no oeste de Santa Catarina. Entre agosto e setembro, o deslocamento oceânico trará frentes frias, especialmente em áreas do sul e do oeste do Rio Grande do Sul, que terá temperaturas um pouco abaixo da média e ar frio polar. Entretanto, o Paraná e Santa Catarina enfrentarão picos de temperatura acima da média histórica — em especial o norte do PR. Mesmo assim, o inverno de 2024 ainda terá mais dias de frio do que no ano passado. Áreas mais altas de RS e SC também podem ver mais neve este ano.
Isabela Oliveira

Isabela Oliveira

Jornalista formada pela Unesp. Com passagem pelo site de turismo Mundo Viajar, já escreveu sobre cultura, celebridades, meio ambiente e de tudo um pouco. É entusiasta de moda, música e temas relacionados à mulher.

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