Alguns pacientes com câncer podem viver por longos períodos após um tratamento com a doença estável. Ela ainda existe em seu organismo, mas não progride. Esse intervalo recebe o nome de “sobrevida livre de progressão”.
Cientistas da Universidade do Texas, nos EUA, encontraram uma forma de aumentar esse tempo de sobrevida em pessoas com câncer de próstata oligometastático. O trabalho foi apresentado durante a Reunião Anual da Sociedade Americana para Radiação Oncológica (ASTRO).
A equipe testou a combinação de duas terapias contra o câncer: a terapia hormonal, que já vinha sendo aplicada, e a radioterapia direcionada a metástases.
A primeira tem como objetivo reduzir o nível dos hormônios masculinos no corpo e impedir que as células do câncer de próstata cresçam. Já a segunda envolve o tratamento local direto de lesões metastáticas por meio de cirurgia ou radiação, com o objetivo de matar todas as células cancerígenas naquele ponto do corpo.
Participaram do estudo 87 voluntários, que foram acompanhados por 22,1 meses. A sobrevida livre de progressão mediana para homens que receberam apenas a terapia hormonal era de 15,8 meses, enquanto a mediana para aqueles tratados com ambas as terapias durante todo o período do estudo, o que sugere o sucesso do tratamento.
A combinação não causou efeitos adversos significativos. Na verdade, ela foi bem tolerada e prolongou o período em que os pacientes podiam manter uma pausa na terapia hormonal sem aumento da doença. Sendo assim, os cientistas acreditam que o tratamento é uma boa pedida para melhorar a qualidade de vida de homens com câncer de próstata avançado.