Com luz ou sem? A polêmica dos 100 anos do letreiro “Hollywood” em LA
Símbolo da cidade de Los Angeles e conhecido internacionalmente pelas lentes do cinema, o letreiro de Hollywood está no centro de uma polêmica: afinal, deixar suas luzes acesas, ou não?
A discussão tem como pano de fundo discordâncias entre a recém-empossada prefeita de Los Angeles, Karen Bass, e seu antecessor, Eric Garcetti – ambos do Partido Democrata.
Na última quarta-feira (22), Bass derrubou a ordem de iluminar o letreiro assinada por Garcetti em 11 de dezembro, em sua última ação à frente do cargo.
O ex-prefeito observou que as letras deveriam ganhar uma iluminação especial para celebrar o aniversário de 100 anos de Hollywood, comemorado em 2023.
“Talvez não haja símbolo mais significativo no mundo e na cidade de Los Angeles do que o letreiro de Hollywood”, disse. “À medida que o centenário se aproxima, parece apropriado aproveitar esses esforços para iluminar o marco mais famoso de nossa cidade”.
Bass, por sua vez, afirmou que havia “preocupações sobre a legalidade da ordem” e rescindiu o decreto. “Não há substituição”, disse a nova prefeita à sua equipe, em documento visto pelo jornal .
Letreiro desligado, por enquanto
Agora há um impasse: organizações se dividem sobre acender, ou não, as luzes do letreiro. Originalmente, as letras que compõem “Hollywood” ficavam sempre acesas, mas logo vizinhos começaram a reclamar sobre a luminosidade em suas casas e alegar preocupações ambientais, de tráfego e segurança na região. Assim, foram apagadas.
Na ordem, Garcetti delineou um programa de 18 meses para instaurar uma nova tecnologia que permitia ver a placa à noite em ocasiões especiais. A iluminação passou por testes do Hollywood Sign Trust, a organização sem fins lucrativos que mantém o letreiro.
A nova tecnologia prometia focar as luzes e reduzir o impacto na vida selvagem e na luz ambiente dos residentes locais.
A proposta era que as letras se iluminassem não mais que três dias seis vezes por ano. Tudo ficaria sob responsabilidade da entidade, desde os custos até a manutenção. Agora, há incerteza se as luzes voltarão, ou não, para o letreiro mais famoso do mundo.