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Cobra que caiu do telhado na Malásia é uma píton-reticulada; veja como é a espécie

Cobras da espécie píton-reticulada são as maiores serpentes do mundo, com capacidade de chegar a 11 metros

Cobra que caiu do telhado na Malásia é uma píton-reticulada; veja como é a espécie Imagem: BornAKang/Twitter/Reprodução

Parece filme de terror: o teto de uma casa despenca com o peso de várias cobras da espécie píton-reticulada, a serpente mais longa do mundo. O vídeo é o registro de uma operação das equipes de emergência da Malásia

Uma família chamou agentes de segurança para verificar o que havia na residência, eles relataram ouvir barulhos estranhos à noite. No começo do vídeo, postado originalmente no TikTok, o manipulador usa uma vara para encorajar a cobra – aparentemente pequena – a sair do telhado. 

O que ninguém esperava era que o forro da casa fosse cair com o peso de diversas cobras enormes que viviam por lá. “Nesse ponto você tem que queimar a casa”, diz a legenda do vídeo original, publicado pelo usuário @baju_skoda. 

Além da quantidade de cobras, o tamanho dos animais chamou a atenção. Isso porque a píton-reticulada pode chegar a 11 metros de comprimento. O mais comum é que as fêmeas sejam maiores e mais pesadas que os machos. 

Ainda não ficou claro como essas cobras foram parar no teto da casa. A espécie costuma ficar perto de cursos de água, o que facilita a movimentação por causa do comprimento. Mas elas também gostam de locais quentes e úmidos, com temperaturas entre 24ºC e 34ºC. 

É o clima mais quente que vai facilitar a gestação das fêmeas. Por isso, pelo tanto de cobras que “moravam” no telhado, tudo indica que elas viviam lá há um bom tempo. Isso porque uma fêmea píton-reticulada deposita de 25 a 80 ovos em um período gestacional de 85 dias. Elas ficam enroladas em cima dos ovos o tempo todo, para fornecer uma boa incubação. 

Carnívoras e surdas 

Também é difícil saber como esses animais se alimentavam estando no telhado. As cobras Python são carnívoras e comem pássaros, mamíferos e até outros répteis. Mas, pelo tamanho da família, elas não parecem ter passado muita fome enquanto viveram por lá. 

Há casos em que cobras píton-reticulada . Um dos casos mais recentes é de 2020, quando uma mulher de 54 anos da Indonésia foi atacada por um animal de sete metros. Um ano antes, o mesmo aconteceu com um homem de 25 anos, também na Indonésia. 

Se esses animais alcançaram as vítimas, provavelmente foi pelo cheiro. Isso porque as cobras Python não têm ouvidos. Elas se comunicam com vibrações corporais que avisam sobre acasalamento e domínio territorial. 

Apesar de terem cavidades nasais, o olfato funciona melhor na língua bifurcada, que lança partículas no ar recebidas pelas companheiras da espécie. Podem viver até 25 anos na natureza ou em cativeiro. 

Mas se você está se perguntando quais as chances de uma dessas morar no seu telhado, não se preocupe: a píton-reticulada é nativa das florestas tropicais do sudeste asiático e algumas ilhas do Pacífico. No Brasil, é possível visitar uma dessas no . 

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