Claudia Jimenez, a eterna Dona Cacilda da “Escolinha”, morre no Rio aos 63 anos
Atriz, que também brilhou como a doméstica Edileuza do humorístico "Sai de Baixo", estava internada no Hospital Samaritano. Confira a repercussão
A atriz Claudia Jimenez morreu na manhã deste sábado (20), aos 63 anos, no Rio de Janeiro. Eternizada pelos papéis humorísticos de Dona Cacilda, da “Escolinha do Professor Raimundo”, e Edileuza, de “Sai de Baixo”, ela estava internada no Hospital Samaritano, na zona sul do Rio. A família não quis divulgar a causa da morte.
Em 1986, Claudia teve diagnosticado um câncer no mediastino — o espaço entre os pulmões. Apesar da gravidade, conseguiu se recuperar. Mas depois, no decorrer dos anos, ela foi submetida a três cirurgias no coração por conta das sequelas do tratamento de radioterapia.
Em 1999, teve implantadas cinco pontes de safena. Em 2012, fez a troca da válvula aorta por uma sintética. E, em 2014, foi colocado um marca-passo no seu coração.
Seus amigos e colegas mais próximos lamentaram com pesar a morte de Claudia em redes sociais. Destaque para a mensagem deixada por Miguel Falabella, que brilhou com a atriz no elenco de “Sai de Baixo”. Confira:
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O ator Marcelo Medici, que trabalhou e fez par com ela na novela “Haja Coração”, soltou uma nota curta de lamento. Medici fez o papel de Agilson, que era casado com Lucrécia, último papel de Claudia em novelas da Globo, em 2016.
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Carreira meteórica
Claudia Jimenez começou a trajetória artística no Rio, no teatro, fazendo o papel da prostituta Mimi Bibelô na peça “Ópera do Malandro” em 1978. Mal teve tempo de curtir o sucesso e já foi convidada por Mauricio Sherman, diretor histórico de muitos programas humorísticos da TV Globo, para compor o elenco da emissora.Seu primeiro trabalho de destaque na Globo foi o programa “Viva o Gordo”, do já saudoso Jô Soares, morto no último dia 5 de agosto. Depois, fez participações no programa “Os Trapalhões”.
A partir daí, brilhou ao lado de Chico Anysio na formação clássica da “Escolinha do Professor Raimundo”, como a atrevida aluna Dona Cacilda. Já consagrada, em 1996, voltou a decolar no papel da empregada doméstica Edileuza no humorístico “Sai de Baixo”. Também fez novelas, com destaque para “Torre de Babel” (1998), “As Filhas da Mãe” (2001), “América” (2003), “Sete Pecados” (2007), “Aquele Beijo” (2011) e “Haja Coração” (2016). No cinema, fez uma participação muito elogiada na produção “Os Trapalhões no Auto da Compadecida” (1987) como a Mulher do Padeiro. Mas também teve grandes atuações em “Romance de Empregada” (1998), “O Corpo” (1991) e “Ópera do Malandro” (1985).