Cientistas de Stanford compartilham sequência completa do mRNA de vacina da Moderna
Um grupo de pesquisadores de Stanford hackeou a vacina de RNA mensageiro (mRNA) da farmacêutica Moderna para o novo coronavírus e publicou toda a sequência genética do imunizante, de graça, no repositório de código aberto . As informações foram relatadas pelo na última segunda-feira (29).
As funcionam que permitem que as próprias células do corpo produzam uma proteína viral. Essa proteína funciona como uma versão inofensiva e projetada da proteína spike que o coronavírus usa para invadir as células do corpo.A equipe de pesquisa disse ao Motherboard que eles não fizeram “engenharia reversa” da vacina — eles simplesmente “postaram a sequência de duas moléculas de RNA sintéticas que se tornaram suficientemente prevalentes no ambiente geral da medicina e da biologia humana em 2021”.
“Conforme a vacina estava sendo lançada, essas sequências começaram a aparecer em muitos estudos investigativos e diagnósticos diferentes. Conhecer essas sequências e ter a capacidade de diferenciá-las de outros RNAs na análise de futuros conjuntos de dados biomédicos é de grande utilidade”, afirmaram Andrew Fire e Massa Shoura, dois cientistas de Stanford. “Para esse trabalho, os RNAs foram obtidos como descarte das pequenas porções das doses da vacina que permaneceram nos frascos após a imunização; tais porções teriam de ser descartadas e analisadas sob a autorização do FDA para uso em pesquisa”, acrescentaram. Os cientistas também declararam ter recebido permissão do FDA para coletar sobras de vacinas que não teriam sido usadas de frascos vazios, e que notificaram a Moderna com antecedência de seus planos de publicar a sequência sem sofrerem qualquer represália.As vacinas de mRNA da Moderna e da Pfizer-BioNTech foram as primeiras aprovadas pela FDA para uso emergencial nos Estados Unidos. De acordo com o Motherboard, o fundador do PowerDNS, Bert Hubert, conseguiu usar dados disponíveis publicamente para no final do ano passado.
, isso não significa que alguém vai fabricar em casa qualquer uma das vacinas. Hubert detalhou a complicada cadeia de abastecimento que alimenta a fabricação de vacinas das empresas farmacêuticas — e ela envolve inúmeros ingredientes complexos, produção de DNA e mRNA em instalações especializadas e combinação de mRNA e lipídios em nanopartículas de lipídios (LNPs). Este último, inclusive, pouquíssimos especialistas sabem como fazer. As etapas finais, incluindo a formulação em que os LNPs são misturados com outros ingredientes mais genéricos e colocados em frascos, também exigem conhecimento e . “Tecnicamente, a última etapa da cadeia de abastecimento dessas vacinas de mRNA contra Covid-19 é a produção da proteína spike. Isso é o que acontece nas células do seu corpo depois que você recebe a vacina. Você é a revolução na fabricação de vacinas distribuída globalmente”, concluiu Hubert.Segundo a revista e a , a administração de Joe Biden está enfrentando pressão de alguns legisladores para suspender as proteções de patentes sobre as vacinas de Covid-19, na esperança de garantir que os incentivos de lucro não atrapalhem os níveis de vacinação em massa que poderiam extinguir a pandemia. Scott Gottlieb, ex-comissário da FDA e membro do conselho de diretores da Pfizer, argumentou que os gargalos na vacinação em massa residem principalmente em suprimentos e produção, não em restrições de propriedade intelectual.
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