Ciência

Cientistas encontram mamífero que põe ovos e era dado como extinto

Equidna é único mamífero que põe ovos além do ornitorrinco; espécie está sob ameaça e vive em local de difícil acesso
Imagem: Reprodução

Foi durante uma , liderada por pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, que uma câmera gravou imagens de um mamífero já conhecido. Espinhoso, peludo e com um bico, o registro era de um equidna que cientistas pensavam já estar extinto.

Até agora, a única evidência da existência dessa espécie específica, a Zaglossus attenboroughi, era um espécime de museu: um animal morto, com décadas de idade.

Conheça o mamífero equidna

Além do ornitorrinco, o equidna é o único mamífero conhecido que põe ovos. Especialistas acreditam que ele surgiu há aproximadamente 200 milhões de anos, quando os dinossauros ainda vagavam pela Terra. Por isso, os cientistas chamam até hoje os equidna como “fósseis vivos”. 

De modo geral, há quatro espécies deste animal. Três delas possuem uma característica física marcante, que inclusive virou parte de seus nomes: o bico longo. Veja no vídeo abaixo.

Entre as espécies, também há o equidna de Attenborough – encontrado agora na Indonésia e que recebeu o seu nome em homenagem ao naturalista britânico Sir David Attenborough.

Apesar de estar sob risco de extinção, o equidna de bico longo de Attenborough não é atualmente uma espécie protegida na Indonésia. Dessa forma, cientistas não sabem qual é o tamanho da população nesse momento.

Um paraíso para a ciência

Os cientistas encontraram os equidnas nas Montanhas Cyclops, uma floresta tropical que fica a 2 mil metros acima do nível do mar. O terreno por lá é íngreme e perigoso de explorar. 

Além de encontrar o “equidna perdido de Attenborough”, a expedição descobriu novas espécies de insetos e sapos e observou populações saudáveis de cangurus arborícolas e aves-do-paraíso.

Para alcançar as elevações mais altas das motanhas, onde os mamíferos são encontrados, os cientistas tiveram que subir cristas de montanhas bastante estreitas, com penhascos de cada lado. Além disso, dois terremotos atingiram as montanhas durante este período de exploração.

Contudo, quando eles alcançaram as partes mais altas das Cyclops, ficou claro que as montanhas estavam cheias de espécies novas para a ciência. Os pesquisadores encontraram várias dúzias de espécies de insetos até então desconhecidas.

Eles também descobriram um tipo totalmente novo de camarão arborícola e um sistema de cavernas desconhecido anteriormente. E esperam encontrar muitas mais. 

Agora, os pesquisadores ressaltam a importância de proteger essa região de montanhas, uma vez que há diversas espécies endêmicas ainda desconhecidas. Os papuas, as comunidades locais, consideram o local sagrado.

O equidna, inclusive, é parte das crenças e tradições deste povo. De acordo com os cientistas, ele desempenha um papel na resolução de conflitos.

Assim, quando há disputas entre dois membros da comunidade, um era instruído a encontrar um equidna e o outro um marlim, que é um peixe. Dessa forma, os pesquisadores acreditam que o mamífero é visto como um símbolo da paz.

Bárbara Giovani

Bárbara Giovani

Jornalista de ciência que também ama música e cinema. Já publicou na Agência Bori e participa do podcast Prato de Ciência.

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