Cientistas descobrem nova espécie de besouros na floresta de Bornéu
Há seres vivos tão pequenos mundo afora, que muitas vezes é difícil de compreender sua existência. Agora, cientistas encontraram mais uma espécie desses minúsculos animais nas florestas da ilha de Bornéu, no Oceano Pacífico. O ser em questão é um besouro e a descoberta foi publicada na revista .
De acordo com cientistas, o Clavicornaltica mataikanensis é apenas uma das muitas espécies de besouros pequenos que vivem nas serrapilheiras, ou seja, entre restos de plantas e matéria orgânica das florestas tropicais.
Em geral, os pesquisadores ainda não descreveram ou nomearam cientificamente a maioria delas.
Sobre o besouro de Bornéu
O nome científico do besouro de Bornéu homenageia o riacho que corre no vale onde o encontraram. Chamado de Mata Ikan em malaio (idioma utilizado na ilha), o termo que nomeia o rio significa “olho de peixe”.
Por isso, o besouro nativo também ganhou esse título e é reconhecido agora como Clavicornaltica mataikanensis. Ele tem cerca de dois milímetros de comprimento e, mesmo sendo muito pequeno, ainda é um dos maiores entre seus parentes: os besouros pulga.
De acordo com os cientistas, seu tamanho pode ser um dos motivos pelo qual a espécie ainda era desconhecida. Contudo, ainda hoje, se sabe pouco sobre a ecologia e diversidade dos besouros pulga.
Além disso, o besouro de Bornéu também tem como característica seu formato arredondado e carapaça brilhante, como um doce cristalizado.
Cientistas e curiosos
A descoberta do besouro de Bornéu aconteceu em meio a uma viagem científica da Taxon Expeditions. A organização organiza essas expedições de campo para investigar a vida na natureza a partir das “pequenas coisas que governam o mundo”.
Dessa forma, participam tanto pesquisadores quanto leigos, que têm curiosidade de entender mais sobre o mundo natural e a ciência. Assim, eles podem participar da experiência de encontrar, nomear e publicar novas espécies.
Para o participante Lehman Ellis, dos EUA, foi “emocionante e bonito” fazer parte da descoberta do besouro de Bornéu.
“Nós apresentamos o público em geral a todos esses animais minúsculos, bonitos e completamente desconhecidos e mostramos a eles que há todo um mundo ainda a ser descoberto”, explica Iva Njunjić, fundadora da Taxon Expeditions.