Cientistas criam músculos artificiais mais fortes do que os biológicos
Durante a pesquisa, cientistas conseguiram fazer um pequeno robô saltar utilizando músculos artificiais feitos de polímeros
Pesquisadores da Universidade da Califórnia em Los Angeles, nos Estados Unidos, desenvolveram um novo tipo de polímero que pode ser usado para criar músculos artificiais.
O estudo envolveu fabricar elastômeros dielétricos de alto desempenho. Eles são polímeros eletroativos feitos de substâncias naturais ou sintéticas, sendo compostos por grandes moléculas que podem mudar de tamanho ou forma quando estimuladas por um campo elétrico. Na prática, o material consegue transformar energia elétrica em trabalho mecânico.
De acordo com o estudo, publicado na , esses elastômeros dielétricos têm cerca de 35 micrômetros de espessura, sendo tão finos e leves quanto o fio de um cabelo humano.
Quando várias camadas deste material são empilhadas, elas se tornam um motor elétrico em miniatura, funcionando de maneira parecida com a de um tecido muscular.
Os cientistas afirmam que os músculos artificiais podem gerar mais força do que os equivalentes biológicos, sendo, inclusive, de 3 a 10 vezes mais flexíveis que os músculos naturais. Eles também podem ser moldados em qualquer forma e tamanho.
Durante a pesquisa, os pesquisadores conseguiram fazer um pequeno robô — de 1,2 centímetros — saltar, como visto na foto abaixo:
Potenciais usos dos músculos artificiais
Os pesquisadores afirmam que esses polímeros eletroativos podem ser utilizados para impulsionar o movimento de pequenos robôs ou sensores. Porém, eles têm potencial para serem utilizados como uma tecnologia vestível para humanos.Esses músculos artificiais poderiam ajudar, por exemplo, pessoas com problemas de saúde e que não conseguem sorrir ou piscar. Ele também poderia ser utilizado no interior do corpo humano, servindo como um músculo esfincteriano para aqueles que sofrem de refluxo gástrico.
Apesar do potencial, os cientistas ressaltam que criar um músculo artificial ainda é um dos grandes desafios da ciência e da engenharia, pois eles precisam produzir energia mecânica e ainda permanecer viável sob condições de alta tensão após repetidos ciclos de trabalho.
Segundo o site UPI, a equipe solicitou uma e espera que outros pesquisadores ajudem a desenvolver aplicações práticas para esses músculos artificiais.