Ciência

Cientistas batizam novas espécies de aranhas com personagens de “Star Trek”

Gênero também foi nomeado em homenagem ao criador de Star Trek; descoberta é de pesquisadores de museu brasileiro
Imagem: Alexandre Bonaldo e Alexander Sánchez-Ruiz/ Reprodução

Kirk, McCoy e Spock deixaram de ser apenas personagens da franquia de ficção científica Star Trek. Agora, eles nomeiam também três novas espécies de aranhas descobertas por cientistas do .

A pesquisa e o motivo da escolha dos nomes estão em um artigo publicado na revista . 

O trio de aranhas

Segundo descrição dos cientistas, as aranhas possuem cabeças largas, tóraxes fundidos e o abdômen longo, o que é conhecido como cefalotórax. “Elas se parecem um pouco com naves espaciais de Star Trek”, disse Alexandre Bonaldo, autor do estudo. 

Depois que os pesquisadores concordaram dar nomes às aranhas como personagens de Star Trek, a ideia de nomear o gênero ao qual elas pertencem em homenagem ao criador da ficção científica pareceu mais que adequada. 

Assim, as novas espécies de aranhas fazem parte do gênero Roddenberryus, uma classificação taxonômica criada em referência a Gene Roddenberry.

Para a escolha, os pesquisadores também levaram em consideração que Roddenberry inspirou gerações de crianças a seguir carreiras científicas.

Além da aparência de naves espaciais, McCoy, Spock e Kirk possuem características únicas: têm apenas dois olhos, em vez dos oito que são comuns, além de possuírem fileiras de dentes, cerdas, carapaças alaranjadas, abdomens claros e garras.

Por isso, agora fazem parte de uma família de aranhas conhecida como Caponiidae. Em geral, elas podem ser encontradas nas Américas, África e Ásia. Dessa forma, os pesquisadores acreditam que elas podem esclarecer a história biogeográfica da América Central e do Caribe.

Identificar para conservar

Essa não é a primeira vez que uma nova espécie de aranha ganha nome de celebridade. Em 2020, a ativista do clima, Greta Thunberg, serviu de inspiração para aranhas do gênero Thunberga, de Madagascar.

Geralmente, esse hábito tem como objetivo chamar a atenção para a conservação de algumas espécies. “Apenas protegemos o que conhecemos – e um nome atrativo é muito mais provável de ser lembrado”, disse Peter Jäger em entrevista ao .

Ele já nomeou um gênero de aranhas em homenagem à música de David Bowie.

Bárbara Giovani

Bárbara Giovani

Jornalista de ciência que também ama música e cinema. Já publicou na Agência Bori e participa do podcast Prato de Ciência.

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