Cientistas batem recorde mundial de geração de energia em painéis solares
Um projeto de pesquisa da Universidade de Uppsala, da Suécia, em colaboração com a First Solar European Technology Center, bateu o recorde mundial de geração de energia em painéis solares.
A tecnologia usada na pesquisa atingiu uma eficiência de 23,64% na conversão da luz solar em eletricidade. Os números que superam o recorde anterior de, 23,35%, de pesquisadores japoneses.
Os foram auditados por uma entidade independente, o Fraunhofer ISE, da Alemanha.
O equipamento utilizado na pesquisa foram as chamadas células solares CIGS, que consistem em uma camada superficial de vidro comum e outras mais profundas constituídas de diferentes materiais. A absorção da luz fica por conta de uma placa feita de cobre, índio, gálio e seleneto — por isso as células possuem a sigla CIGS –, que está posicionada entre um contato traseiro, de molibdênio metálico, e um frontal, que é transparente.
Para ter maior eficiência na separação de elétrons, a camada CIGS ainda é tratada com fluoreto de rubídio — o que se mostrou uma grande alternativa para gerar energia limpa.
“Nosso estudo demonstra que a tecnologia de película fina CIGS é uma alternativa competitiva como célula solar autônoma”, declarou Marika Edoff, professora de Tecnologia de Células Solares na Universidade de Uppsala.
Um dos principais desafios dos pesquisadores que estudam energia solar é atingir um bom aproveitamento na captação da luz e conversão em energia. Embora não pareça muito significativo, atingir s 23,64% é um avanço importante, ainda mais considerando o preço das células solares CIGS e sua durabilidade.
Uma das meta de vários núcleos de pesquisa que estudam o assunto é atingir um aproveitamento superior a 30% utilizando células mais baratas. Este número já foi atingido pelas células Tandem — que foram capazes de atingir uma eficiência de 33% em estudos anteriores –, mas a tecnologia não atende ao requisito de baixo custo para uso em larga escala.