Ciência

Cientista encontra pássaro raro na Colômbia: metade macho, metade fêmea

Biólogo avistou representante de Saí-Verde cujas cores das penas indicavam que o pássaro tinha um lado fêmea e outro macho
Imagem: John Murillo/ Universidade de Otago/ Reprodução

Era um dia comum de férias e o biólogo estava na Colômbia quando a aparição de um animal super raro mudou o curso de seu ano. Um curioso pelo estudo de aves, John Murillo, lhe apontou um representante do pássaro Saí-Verde (Chlorophanes spiza) em uma das árvores das quais estavam próximos.

Embora a coloração das penas dessa espécie indiquem o sexo do animal, algo nele era diferente. Geralmente, os pássaros verdes são fêmeas, enquanto os azuis são machos. Mas o Saí-Verde que estava na sua frente era meio verde e meio azul.

“É muito marcante, eu tive o privilégio de ver isso”, disse , que logo de cara soube do que se tratava: ginandromorfismo bilateral.

O que é ginandromorfismo bilateral?

O ginandromorfismo bilateral acontece em animais que normalmente têm sexos separados. Ele surge quando há um erro na divisão celular feminina ao produzir um óvulo e, em seguida, há a dupla fertilização por dois espermatozoides. Dessa forma, o animal é gerado tanto com características masculinas quanto femininas.

Os principais grupos nos quais o fenômeno foi registrado incluem espécies animais que apresentam forte dimorfismo sexual. Por exemplo, o ginandromorfismo bilateral acontece mais frequentemente com insetos, especialmente borboletas, crustáceos, aranhas, até mesmo lagartos e roedores. Segundo Spencer, esse fenômeno é raro em aves, mas importante para compreender o comportamento sexual dos pássaros.

O caso do pássaro na Colômbia

“Muitos observadores de pássaros poderiam passar toda a vida deles sem ver um ginandromorfo bilateral em qualquer espécie de ave“, comenta Spencer. Frente ao evento raro que presenciou, o pesquisador elaborou um relatório sobre a descoberta, publicado no .

Segundo a pesquisa, esse caso na Colômbia foi apenas o segundo exemplo registrado de ginandromorfismo na espécie em mais de 100 anos. No entanto, ele acredita que isso demonstra que ambos os lados do pássaro podem ser machos ou fêmeas.

Agora, Spencer espera que  a descoberta inovadora inspire as pessoas a “valorizar exceções”, já que sempre revelam algo interessante. “Fiquem sempre atentos a curiosidades”, conclui o pesquisador.

Bárbara Giovani

Bárbara Giovani

Jornalista de ciência que também ama música e cinema. Já publicou na Agência Bori e participa do podcast Prato de Ciência.

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