Chuva no RS revelou fóssil de dinossauro de 233 milhões de anos
Nesse período, os pesquisadores encontraram um fóssil parcialmente exposto e conseguiram remover um bloco de rocha que continha o espécime. O fóssil de dinossauro estava parcialmente exposto devido à erosão acelerada pelas chuvas intensas deste ano no Rio Grande do Sul.
Após análises em laboratório, os paleontólogos identificaram que os fósseis eram de dinossauro carnívoro de 2,5 metros de comprimento, do grupo Herrerasauridae.Pesquisadores já encontraram fósseis de dinossauros desse grupo no Brasil e na Argentina. No entanto, o fóssil encontrado Rio Grande do Sul é o segundo mais completo já descoberto do grupo Herrerasauridae.
Papel da enchente na descoberta fóssil de dinossauro
As chuvas de maio no Rio Grande do Sul foram a maior tragédia climática da história do estado, com o enorme volume de água desempenhando um importante papel na descoberta do fóssil dinossauro.
Segundo Rodrigo Temp Muller, a descoberta foi possível graças ao intemperismo, um processo natural de desgaste das rochas que expõe fósseis. O excesso de chuvas na região central do Rio Grande do Sul acelerou a erosão, revelando novos fósseis, mas também apresenta um risco à conservação dos fósseis.A enchente no Rio Grande do Sul, embora trouxe grandes prejuízos, revelaram um tesouro paleontológico. Aliás, vale ressaltar que o Rio Grande do Sul é um dos estados mais ricos em fósseis da era mesozoica.
Em 2022, paleontólogos do CAPPA descobriram o fóssil de uma nova espécie de dinossauro, ancestral do pterossauro, também em São João do Polêsine.