China quer fazer “puxadinho” em estação espacial para receber turistas
Em novembro do ano passado, os chineses lançaram o terceiro e último módulo da Tiangong, concluindo o projeto original da estação espacial. Porém, o país já planeja lançar uma espécie de módulo multifuncional com seis portas de atracação para aumentar as capacidades do laboratório orbital.
O plano inicial da estação chinesa previa que ela teria três módulos dispostos em um formato de “T”. Porém, com a chegada do novo módulo de expansão, a Tiangong adotará uma configuração de cruz, conforme a animação abaixo:👀Ready for the future expansion of the China Space Station? A new module and Shenzhou and the next-generation crew spacecraft docking at the same timeA novidade foi revelada em uma exposição no Museu Nacional da China, na capital Pequim.— China 'N Asia Spaceflight 🚀𝕏 🛰️ (@CNSpaceflight)
China quer internacionalizar estação
Apesar de a construção da Tiangong ter sido um projeto solo da China, o gigante asiático já demonstrou interesse em abrir as portas da estação para a colaboração internacional. O módulo multifuncional permitiria não apenas ampliar a capacidade dela receber mais espaçonaves em simultâneo, mas também ganhar outros módulos extras. Além de naves próprias da China, o módulo poderia ser adaptado para receber espaçonaves comerciais, tornando a estação um potencial ponto orbital para o crescente mercado do turismo espacial.Em entrevista para a mídia estatal chinesa CCTV, Chen Shanguang, vice-designer-chefe do programa de voos espaciais tripulados da China, afirmou que a estação está sendo preparada para receber visitas de astronautas estrangeiros. Ele, inclusive, ressaltou que vários países estariam interessados na estação, mas sem detalhar quais.
Vale lembrar que o diretor-geral da ESA (Agência Espacial Europeia), Josef Aschbacher, anunciou recentemente que os europeus não têm interesse em enviar astronautas para a Tiangong. A justificativa dele é que a agência está muito ocupada com os compromissos já firmados com a ISS (Estação Espacial Internacional).
Por outro lado, o UNOOSA (Escritório das Nações Unidas para Assuntos Espaciais Exteriores) está desenvolvendo um programa de colaboração para o envio de experimentos científicos para a estação chinesa provenientes de instituições de pesquisa de vários países. A expectativa é que o lançamento desses experimentos ocorra ainda neste ano. Segundo o , eles envolverão pesquisas em astronomia, medicina espacial, ciências da vida, biotecnologia, física de fluidos, combustão e outras tecnologias espaciais.