China pretende tirar outro asteroide de sua órbita
A China não quer mesmo saber de asteroide rondando perto da órbita da Terra. Em 2027, o país pretende realizar um teste de desvio de trajetória de um asteroide próximo da Terra.
Essa notícia pode parecer repetida – até mesmo as palavras – porque, como publicamos aqui no Giz em 2023, a China anunciou que pretendia lançar uma missão para “desviar a trajetória de um asteroide próximo da Terra”, mas expectativa é que o lançamento ocorreria em 2025.
Agora, em um artigo em junho, na revista Journal of Deep Space Exploration, a China revela detalhes sobre outra missão de defesa da Terra que envolve asteroide, programada desta vez para 2027.
De acordo com o artigo, a missão vai ter um duplo propósito: desviar a trajetória do asteroide e coletar materiais geológicos para análise. Em 2023, o alvo escolhido pelos chineses era o asteroide catalogado como VL5 2019, com cerca de 30 metros de diâmetro – do tamanho de um ônibus escolar. Agora, a China mira um asteroide diferente, o 2015 XF261, além de ampliar a data de lançamento da missão para 2027.Como a China quer desviar o asteroide
Dos 31 mil asteroides próximos da Terra, tanto esse quanto o antigo alvo da China não representam perigo. No entanto, a China quer testar um novo método de desvio de asteroide caso haja alguma colisão futura com a Terra.Se esse conceito soa familiar, é porque você deve se lembrar da missão DART, da NASA, que desviou um asteroide em 2022. Contudo, ao contrário da missão DART, não é possível saber que tipo de desvio a China vai causar no asteroide. Muito menos se a colisão vai afetar a distância do asteroide da Terra.
A verdade é que a China quer entrar de cabeça na defesa planetária, lançando duas missões similares em um intervalo de dois anos – e em uma nave dupla. Assim, vale lembrar que, enquanto a missão DART só desviou e a missão Hera vai estudar, a China quer fazer as duas coisas em uma tacada só.
Aliás, em outubro, a ESA (Agência Espacial Europeia (ESA) lançará a missão Hera, que vai chegar ao sistema Dydimos em 2026 para estudar os efeitos do impacto da missão DART.