Ciência

China pretende tirar outro asteroide de sua órbita

Agora, a China mira um asteroide diferente, o 2015 XF261, além de ampliar a data de lançamento da missão para 2027.
Imagem: NASA/Divulgação

A China não quer mesmo saber de asteroide rondando perto da órbita da Terra. Em 2027, o país pretende realizar um teste de desvio de trajetória de um asteroide próximo da Terra.

Essa notícia pode parecer repetida – até mesmo as palavras – porque, como publicamos aqui no Giz em 2023, a China anunciou que pretendia lançar uma missão para “desviar a trajetória de um asteroide próximo da Terra”, mas expectativa é que o lançamento ocorreria em 2025.

Agora, em um artigo  em junho, na revista Journal of Deep Space Exploration, a China revela detalhes sobre outra missão de defesa da Terra que envolve asteroide, programada desta vez para 2027.

De acordo com o artigo, a missão vai ter um duplo propósito: desviar a trajetória do asteroide e coletar materiais geológicos para análise. Em 2023, o alvo escolhido pelos chineses era o asteroide catalogado como VL5 2019, com cerca de 30 metros de diâmetro – do tamanho de um ônibus escolar. Agora, a China mira um asteroide diferente, o 2015 XF261, além de ampliar a data de lançamento da missão para 2027.

O 2015 XF261 também tem o mesmo diâmetro do asteroide anterior que a China mirava. No entanto, na última terça-feira (9), este mesmo asteroide passou próximo da Terra, em uma distância de 50 milhões de quilômetros. Aliás, esse asteroide passa pela Terra duas vezes ao ano. A próxima passagem será em fevereiro de 2025.

Como a China quer desviar o asteroide

Dos 31 mil asteroides próximos da Terra, tanto esse quanto o antigo alvo da China não representam perigo. No entanto, a China quer testar um novo método de desvio de asteroide caso haja alguma colisão futura com a Terra.

Para tal, a China vai lançar duas naves para orbitar o asteroide por um período de três a seis meses. Uma nave vai colidir contra a superfície do asteroide para testar o impacto de energia cinética em alta velocidade. Enquanto a outra nave vai coletar dados antes do impacto. A nave de observação também vai monitorar o impacto, bem como os resultados, por um ano.

Se esse conceito soa familiar, é porque você deve se lembrar da missão DART, da NASA, que desviou um asteroide em 2022. Contudo, ao contrário da missão DART, não é possível saber que tipo de desvio a China vai causar no asteroide. Muito menos se a colisão vai afetar a distância do asteroide da Terra.

A verdade é que a China quer entrar de cabeça na defesa planetária, lançando duas missões similares em um intervalo de dois anos – e em uma nave dupla. Assim, vale lembrar que, enquanto a missão DART só desviou e a missão Hera vai estudar, a China quer fazer as duas coisas em uma tacada só.

Aliás, em outubro, a ESA (Agência Espacial Europeia (ESA) lançará a missão Hera, que vai chegar ao sistema Dydimos em 2026 para estudar os efeitos do impacto da missão DART.

Pablo Nogueira

Pablo Nogueira

Jornalista e mineiro. Já escreveu sobre tecnologia, games e ciência no site Hardware.com.br e outros sites especializados, mas gosta mesmo de falar sobre os Beatles.

fique por dentro
das novidades giz Inscreva-se agora para receber em primeira mão todas as notícias sobre tecnologia, ciência e cultura, reviews e comparativos exclusivos de produtos, além de descontos imperdíveis em ofertas exclusivas

카지노사이트 온라인바카라 카지노사이트