China exige libertação de diretora da Huawei presa no Canadá a mando dos Estados Unidos
O governo chinês pediu nesta quinta-feira (6) a libertação de Meng Wanzhou, diretora financeira da fabricante de eletrônicos chinesa Huawei, depois que a executiva foi presa no Canadá, a mando dos Estados Unidos, na semana passada, enquanto fazia uma conexão de voos. Meng estaria prestes a sofrer extradição para os EUA por supostamente violar sanções […]
O governo chinês pediu nesta quinta-feira (6) a libertação de Meng Wanzhou, diretora financeira da fabricante de eletrônicos chinesa Huawei, depois que a executiva foi presa no Canadá, a mando dos Estados Unidos, na semana passada, enquanto fazia uma conexão de voos. Meng estaria prestes a sofrer extradição para os EUA por supostamente violar sanções norte-americanas contra o Irã.
Meng é não apenas a diretora financeira da Huawei, mas também filha do fundador da gigante da tecnologia, Ren Zhengfei. A Huawei disse que tem “muito pouca informação sobre as acusações e não está ciente de qualquer irregularidade”, e um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China disse à na manhã desta quinta-feira que o Canadá deve “efetivamente proteger os direitos e interesses legítimos da pessoa em questão”.
A embaixada da China no Canadá que “se opõe e protesta veementemente contra esse tipo de ação que fere seriamente os direitos humanos da vítima”, o que causa certa estranheza, dado o histórico horrendo da China no assunto — acredita-se que entre 800 mil e dois milhões de muçulmanos tenham sido detidos sem acusação nos do país desde abril de 2017, entre outras preocupações humanitárias.
“O lado chinês apresentou uma severa representação junto aos EUA e ao Canadá, pedindo-lhes que corrijam imediatamente os erros e restaurem a liberdade pessoal da senhorita Meng Wanzhou”, o comunicado da embaixada chinesa. “Acompanharemos de perto a evolução da questão e tomaremos todas as medidas para proteger resolutamente os direitos e interesses legítimos dos cidadãos chineses.”
Meng foi presa em Vancouver em 1º de dezembro, no mesmo dia em que o presidente Donald Trump estava em uma reunião importante com o presidente da China, Xi Jinping. Trump e Xi têm batalhado por meio de taxas de importação, algo que colocou os mercados financeiros dos EUA em um caos nesta semana, fazendo com que o Índice Dow Jones caísse quase 800 pontos na terça-feira (4). Meng tem uma audiência de fiança marcada para sexta-feira (7), de acordo com o jornal , do Canadá.
A Huawei é uma das maiores empresas de tecnologia do mundo, mas tem estado sob pressão em nações como os EUA, o Reino Unido e a Austrália por supostamente seguir ordens do governo chinês. A companhia foi proibida de ajudar a construir infraestruturas de comunicações fundamentais em alguns países ocidentais, incluindo o serviço de telecomunicações 5G, por receio de que isso deixe esses países vulneráveis à espionagem em nome do governo chinês. A Best Buy até mesmo as vendas de dispositivos Huawei completamente nos EUA.
As crescentes tensões entre os EUA e China, Rússia e Coreia do Norte causaram preocupação global. E essa última jogada do governo Trump dificilmente acalmará as coisas. Ninguém sabe como a China vai retaliar se Meng for finalmente extraditada para Nova York para enfrentar acusações. Mas a relação tumultuada entre os dois países parece ser a nova norma.
Quando o noticiou que a China espionou o telefone desprotegido do presidente norte-americano Donald Trump, a China tirou sarro dos EUA e sugeriu que usassem . Isso não deve ter sido nada bem recebido por pessoas como o Assessor de Segurança Nacional de Trump, John Bolton, que ama um conflito e, não por coincidência, tem estado ansioso por uma guerra com o Irã desde sempre.
Apertem os cintos. A partir daqui, as coisas só vão ficar mais esquisitas e perigosas.
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