ZapGPT: conheça o robô brasileiro que colocou o ChatGPT no WhatsApp

Serviço da startup brasileira Enablers DAO permite tirar dúvidas e pedir informações resumidas ao ChatGPT pelo WhatsApp. Teste você mesmo!
ZapGPT: conheça o robô brasileiro que colocou ChatGPT no WhatsApp
Imagem: ZapGPT/Reprodução

A startup brasileira Enablers DAO acaba de criar o ZapGPT, mecanismo que integrou o bot ultra responsivo da OpenAI, ChatGPT, no WhatsApp. O serviço foi lançado na última semana e já reúne mais de 12 mil usuários ativos, segundo a startup. 

Desde o lançamento, a IA (inteligência artificial) já trocou mais de 200 mil mensagens. O robô se conecta com o GPT-3, da OpenAI – a mesma tecnologia por trás do ChatGPT. Assim, ele atua da mesma forma, só que no WhatsApp: para funcionar, basta enviar um comando na própria caixa de mensagem e esperar a resposta. 

O cofundador da startup e idealizador do projeto, Tiago Morelli, disse à revista que a escolha de incluir o ChatGPT no WhatsApp se deve ao fato de que a rede é um dos canais mais acessados pelos brasileiros. 

“Porém, ainda existe a barreira de como conversar com a ferramenta para que ela entenda a necessidade do usuário e consiga devolver uma resposta satisfatória e que de fato o auxilie no problema”, disse. 

Para resolver, o ZapGPT dá dicas de como começar a usar o sistema. Uma delas é que as informações do sistema podem estar desatualizadas. O motivo: os dados do próprio ChatGPT só chegam a 2021, pois seu aprendizado de máquina se deu com textos disponíveis até essa data. 

Como funciona

Para usar o ZapGPT, basta adicionar o número ao WhatsApp. Depois da apresentação, o próprio serviço explica como funciona e dá sugestões de perguntas e tarefas que pode cumprir. 

Entre elas estão desde ideias de posts para o Instagram até roteiros de viagem, receitas para o jantar e estratégias profissionais para o mercado. 

O tempo de resposta é curto: em poucos segundos, o robô apresenta a solução de forma resumida, sem a necessidade de abrir links ou fazer pesquisas online. 

O diferencial dessa tecnologia – que, inclusive, tem preocupado gigantes da tecnologia como o Google – é que a máquina imita a forma de falar humana. Isso porque o programa produz suas respostas com base na previsão de texto, o que permite “imitar” uma linha de raciocínio inteligível. 

Ele também pode criar receitas, letras de música e até opinar sobre si mesmo. Tudo isso, é claro, tendo como base os textos escritos por humanos que já estão online – o que acende o alerta sobre possíveis informações falsas propagadas pelo mecanismo. 

Veja o que diz o ZapGPT

Quando pedimos que o ZapGPT descrevesse a si mesmo, ele respondeu: 

Olá! Sou o zapGPT, um mentor inteligente. Estou aqui para ajudar o usuário a se adaptar às mudanças constantes do mercado, com informações relevantes e acuradas. Minha missão é fornecer informações sobre tópicos de negócios, marketing e tecnologia, de maneira que você possa tomar decisões melhores e mais assertivas. Além disso, estou aqui para oferecer orientação com humildade e sabedoria

Pedimos quem foram os criadores a plataforma. A resposta foi a seguinte: 

Eu fui criado por uma equipe de cientistas da computação e engenheiros que trabalham para desenvolver a tecnologia de Processamento de Linguagem Natural (PLN). Estou aqui para ajudar você com o conhecimento que adquiri

Também tiramos algumas dúvidas comuns sobre gatos – e o robô respondeu com sucesso. 

Acalmar um gato pode ser difícil, mas há algumas coisas que você pode tentar. Primeiro, limite a estimulação do ambiente; remova objetos e sons que possam assustar o animal. Em seguida, forneça alguns brinquedos divertidos para mantê-lo entretido. Por último, certifique-se de que o gato tenha acesso a áreas tranquilas onde ele possa relaxar

Outra resposta do robô foi sobre o sentido da vida.
O sentido da vida é criar significado e propósito, encontrar felicidade e satisfação pessoal, e realizar seus objetivos e sonhos.

No futuro, a startup do ZapGPT espera que o serviço possa se conectar a outros programas de inteligência artificial, incluindo fontes de dados. “Ela tem o potencial de auxiliar os usuários das mais variadas formas, seja ensinando a fazer um bolo ou estruturando um plano de design thinking para a sua empresa”, pontuou Morelli. 

Julia Possa

Julia Possa

Jornalista e mestre em Linguística. Antes trabalhei no Poder360, A Referência e em jornais e emissoras de TV no interior do RS. Curiosa, gosto de falar sobre o lado político das coisas - em especial da tecnologia e cultura. Me acompanhe no Twitter: @juliamzps

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