A edição 2022 de um censo que avalia os magnatas ao redor do mundo apontou que o Brasil ficou na 13ª posição na quantidade de bilionários globais. O país contava no ano passado com 52 indivíduos na lista e uma riqueza total de US$ 159 bilhões.
O censo foi feito pela Altrata, uma empresa britânica que faz pesquisas de dados sobre a população dos mais ricos do mundo.
Entre os 15 principais países com a maior quantidade de bilionários, a pesquisa mostra que o Brasil é o único do ranking na América Latina e Caribe. Por mais que a Argentina e México sejam citados no relatório com bom desempenho, 34 dos 146 bilionários da região moram em São Paulo – a também 13ª cidade do mundo a ter mais pessoas abastadas.
Por outro lado, o censo demonstra que a riqueza desses brasileiros diminuiu em 1,9% no ano passado. Este desempenho é explicado pelos reflexos da pandemia, o crescimento da inflação e a natureza estrutural mais fraca das economias da região.
Para comparação, um recente estudo da Forbes apontou que o Brasil conta atualmente com com patrimônio superior a mais de US$ 1 bilhão, o que representa dez novos bilionários em relação aos do censo da Altrata.
Bilionários pelo mundo
No geral, a pesquisa da Altrata indica que a população global de magnatas com patrimônio superior ao de 1 bilhão de dólares aumentou em 3,3% e a riqueza em 17,8% — totalizando 3.311 indivíduos e uma fortuna total de US$ 11,8 trilhões.
Somando todos esses bilionários, eles representam apenas 0,0000004% da população mundial. Mesmo se for considerada a parcela da população de ultra-ricos – com um patrimônio líquido superior a 30 milhões de dólares –, os bilionários ainda representam 0,9% do total.
Já os superbilionários, com patrimônio líquido de mais de US$ 50 bilhões, são formados por apenas 20 indivíduos, com eles controlando 17% de toda a riqueza bilionária de 2021.
Os 15 principais países da lista também abrigam pouco mais de três quartos dos bilionários do mundo e 81% da riqueza bilionária mundial. Somente os países da América do Norte somam 39% da riqueza mundial, seguido da Europa (26,5%) e Ásia (24,5%).
O primeiro da fila é os Estados Unidos, com uma população bilionária de 975 indivíduos e tendo uma riqueza total de US$ 4,45 trilhões. Logo em seguida, está a China, com 400 bilionários e um montante de US$ 1,45 trilhão; e a Alemanha, com 176 bilionários e fortuna total de US$ 602 bilhões.
O destaque deste Censo ficou para a Índia, que teve um aumento de riqueza de 19% em 2021, chegando a US$ 384 bilhões e 124 bilionários. Os EUA, por exemplo, cresceram apenas 5,2% no mesmo período.
O perfil dos endinheirados
Um dado que chama a atenção é que a população bilionária global ainda é fortemente dominada por homens, com as mulheres representando a modesta participação de 13% do total. O relatório ressalta que, entre os ultra-ricos, essa proporção é mais equilibrada e com uma tendência de alta.
De forma geral, 20,4% dos bilionários são da área de bancos e financeiras, 9,4% de conglomerados industriais, 7,4% do setor imobiliário, 6,9% da área de tecnologia e 6,2% em manufatura.
No quesito idade, 49,1% têm entre 50 e 70 anos, e 40,4% têm mais de 70 anos. A idade média geral é de 66 anos. É no setor de tecnologia que estão boa parte dos bilionários mais jovens.
Apesar de representarem uma pequena fração da parcela mundial, a Altrata ressalta a importância de fazer um censo dos bilionários pela influência significativa que eles têm no mundo. Segundo o site Visual Capitalist, os bilionários têm uma riqueza total que representa .