A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que gestantes consumam, no máximo, 300 mg de cafeína por dia. Há uma explicação: durante a gravidez, o corpo passa a metabolizar o composto mais lentamente, o que permite que ele chegue ao feto nas mesmas proporções ingeridas.
Mas até que ponto isso representa um risco para a vida do bebê? Esta foi a pergunta estudada por pesquisadores da Universidade de Queensland, na Austrália. Em estudo publicado na revista científica , os cientistas investigaram a relação entre a cafeína e os partos prematuros, abortos espontâneos e natimortos.
Os cientistas investigaram como as variantes genéticas associadas ao consumo de café em mulheres gestantes estavam associadas a resultados negativos na hora do parto.
As voluntárias não precisaram beber café para o estudo, o que configuraria um ensaio clínico perigoso e antiético. Porém, as análises genéticas revelaram que a cafeína não está associada aos partos prematuros e outros problemas. Os cientistas apenas observaram uma relação entre o consumo da bebida e os maiores pesos dos bebês no nascimento.
O estudo não serve de passe livre para que as pessoas tomem café de forma desenfreada durante a gravidez. Ainda há chances do consumo de cafeína afetar outros aspectos importantes do desenvolvimento fetal que não foram investigados no artigo.
Os próprios cientistas responsáveis pelo estudo recomendam um consumo baixo ou moderado de café durante a gravidez. Busque sempre a opinião de um profissional de saúde para avaliar seu caso individualmente.