Brasil é um dos mais afetados em vazamento de dados do ChatGPT
Nesta semana, o Group-IB, uma empresa especializada em segurança cibernética, revelou que identificou o vazamento de mais de 100 mil credenciais de acesso de usuários do ChatGPT em todo o planeta. A companhia também afirmou que esses dados estão à venda em marketplaces na dark web.
O Brasil foi o terceiro país mais afetado, com dados de aproximadamente 6.500 usuários expostos. Os brasileiros estão atrás apenas de Bangladesh e da Índia — local este que lidera o ranking de maiores impactados pela falha de segurança. Estima-se que o país asiático teve credenciais de 12.632 usuários vazadas.
Além de indivíduos, muitas empresas que integraram o ChatGPT aos seus serviços podem ter sido prejudicadas. Desde junho do ano passado, período anterior à liberação da plataforma para o público em geral, o Group-IB vem monitorando os vazamentos. A empresa revelou que o maior número de credenciais expostas foi detectado no mês passado, com 26.800 contas afetadas.
Esta não é a primeira vez que a OpenAI se envolve em polêmicas sobre a segurança dos dados dos usuários. Há alguns meses, um bug na plataforma permitiu que usuários visualizassem informações sensíveis e o histórico de interações de outros usuários. A companhia disse na ocasião que dados de menos de 1% dos usuários haviam sido comprometidos.
Em razão de problemas deste tipo, empresas como Samsung, Goldman Sachs e Apple proibiram seus funcionários de utilizarem plataformas de chatbot.
A sul-coreana, por exemplo, identificou que alguns trabalhadores incluíram informações confidenciais no ChatGPT e, inicialmente, deu um “puxão de orelha” nos envolvidos. No entanto, pouco tempo depois, a empresa anunciou a proibição, uma medida restritiva mais dura para lidar com os eventuais problemas de segurança da IA generativa.