Brasil e Alemanha assinam acordo para criar laboratório de segurança biológica máxima
Brasil e Alemanha assinaram, nesta semana, um acordo de cooperação para a implantação do laboratório de máxima contenção biológica, o NB4. Ele ficará no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas (SP).
O laboratório permitirá estudos de patógenos capazes de causar doenças graves e com alto grau de transmissibilidade. A declaração aconteceu em Berlim, entre o MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação), o CNPEM ( Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais), o Ministério da Saúde e o RKI (Instituto Robert Koch) da Alemanha.
Após assinatura do acordo, em Berlim, a “além dos trabalhos de pesquisa e das oportunidades de intercâmbio, [esta] é realmente uma prova do quanto é estratégica a cooperação entre Brasil e Alemanha”.
Investimento bilionário no laboratório Orion
O laboratório, que recebeu o nome de Orion, é o primeiro de máxima contenção biológica na América Latina. Já existem 60 como esse no mundo, mas nenhum na América do Sul, Central ou no Caribe.
Além disso, o laboratório também é o único no mundo que será conectado a uma fonte de luz síncrotron. Ela se baseia na aceleração de elétrons a altas velocidades para gerar energia. De acordo com o governo federal, o investimento será de R$ 1 bilhão até 2026.
O CNPEM opera uma das três fontes de luz síncrotron de quarta geração do mundo, o Sirius. Ele utiliza aceleradores de elétrons para produzir um tipo especial de luz.
A luz síncrotron serve para investigar a composição e a estrutura da matéria em suas mais variadas formas, com aplicações em praticamente todas as áreas do conhecimento.