E para piorar ainda mais a situação, trabalhadores da sitiada usina nuclear de Fukushima encontraram o que parece ser uma bomba não detonada da Segunda Guerra Mundial.
Segundo do The Mainichi, um funcionário da escavação de Fukushima encontrou o projétil enquanto fazia manutenção de um estacionamento a cerca de um quilômetro de distância dos reatores No. 1 e No. 4, cujos núcleos derreteram depois do devastador terremoto seguido de tsunami em março de 2011. A suposta bomba possui uma calda de estabilização e o corpo cilíndrico, medindo cerca de 85 cm de comprimento e 15 cm de largura, de acordo com a TEPCO, a empresa responsável pela usina.
A polícia local tenta entender se se trata mesmo de uma bomba, e qual a melhor maneira de descarta-la. A área foi isolada e a construção do estacionamento suspensa, mas oficiais afirmam que isso não afeta os esforços para desativar a usina.
O local em que a bomba foi descoberta a não é necessariamente surpreendente. Fukushima foi sede da base militar japonesa, e arquivos da cidade documentam ataques aéreos em volta da usina durante a guerra. As forças americanas soltaram milhares de bombas no Japão durante a Segunda Guerra, enviando ataques da China, Ilhas Marianas, Iwo Jima, Okinawa e outros pontos de lançamento. A campanha aérea das forças militares americanas culminou no bombeamento de Hiroshima e Nagasaki, em agosto de 1945, finalmente encerrando a guerra.
Não é incomum encontrar bombas que não explodiram no Japão e em outros lugares. Inclusive, como esse são tratados todo ano. Em 2010, por exemplo, cerca de de origem americana foram encontradas em Okinawa, e em 2005, uma bomba de uma tonelada de sete mil residentes de Tóquio.
É difícil acreditar que este último incidente vá impactar a desativação e limpeza da usina de Fukushima. O problema maior está mesmo nos extensivos danos causados ao interior do reator, a do local e o ainda volátil combustível. Talvez sejam necessárias décadas para finalmente por um fim nessa história.
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Imagem do topo: AP