Bluesky proíbe a entrada de perfis de políticos: entenda motivo
A Bluesky, rede social que quer concorrer com o Twitter e foi criada pelo ex-dono da plataforma Jack Dorsey, não permitirá a entrada de chefes de estado no serviço. É uma decisão no mínimo interessante, visto que o mais comum é que as redes busquem nomes conhecidos para atrair mais público — e para aumentar o engajamento na rede social.
Mas, no caso da Bluesky, essa lógica se inverteu. Na sexta-feira (5), a rede escreveu em seu perfil oficial que tomou a decisão para “controlar seu crescimento” durante a fase de testes beta, que já está em andamento.
“Olá! Agradecemos o entusiasmo de todos em enviar convites, mas nossa política atual é que ainda não podemos permitir que chefes de Estado se juntem a nós em nosso beta. Isso também se aplica a chefes de Estado recentes/proeminentes” – Bluesky, em Bluesky
Antes da decisão, a rede já havia aceitado algumas figuras públicas dos EUA, como a representante Alexandria Ocasio-Cortez e o âncora da CNN Jake Tapper.
O app está em modo de teste beta desde o lançamento, no final de fevereiro. Desde então, passa por um processo de desenvolvimento e ajustes dos principais recursos, incluindo a moderação de conteúdo.
Mesmo assim, a lista de espera de usuários que querem entrar na plataforma já passa de 1,2 milhão, enquanto cerca de 60 mil são ativos. A rede surgiu como uma alternativa proeminente ao Twitter e seu constante festival de mudanças sob o comando de Elon Musk.
Desde que oficializou a compra da plataforma por US$ 44 bilhões, em novembro, o bilionário trouxe de volta usuários banidos, removeu selos de verificação e instituiu um programa de assinaturas que só dá a marca azul a pagantes.
Equipe pequena e venda de convites
O Bluesky começou como um projeto de Dorsey ainda enquanto CEO do Twitter, em 2019. Mas, desde 2021, a empresa tornou-se independente e passou a ser gerenciada por Jay Graber.
Hoje a equipe de nove pessoas trabalha para desenvolver duas tecnologias que se interconectam: um app voltado para o usuário, parecido com o Twitter, e um protocolo que servirá como uma estrutura de código aberto. Essa tecnologia permitirá que outros desenvolvedores construam seus próprios apps sobre a rede (algo parecido com o Mastodon).
A plataforma promete e já é a mais esperada do momento. Por causa disso, usuários já começaram a . A maioria sai por mais de US$ 100 – ou quase R$ 500 no câmbio atual.