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“Besouro Azul” busca fuga de clichês e entrega boa trama sobre família

O novo filme da DC conta com a atriz brasileira Bruna Marquezine e estreia nesta quinta-feira, 17 de agosto, nos cinemas. Confira nosso resumão!

Besouro Azul

Imagem: Divulgação/DC

“Besouro Azul” é o mais novo filme baseado nos quadrinhos da DC. Dirigido por Angel Manuel Soto e com a atriz Bruna Marquezine estreando em Hollywood, foi uma das poucas produções que escaparam de reformulação após James Gunn e Peter Safran assumirem as rédeas do Universo Cinematográfico da DC.

Primeiramente, segundo o próprio Soto,  Gunn e Safran aprovaram sua visão criativa e lhe deram sinal verde (ou azul?) para seguir trabalhando normalmente no filme.

O Giz Brasil assistiu à pré-estreia. A obra é mais uma clássica origem de super-herói, apresentando uma narrativa que, verdade seja dita, não tem nada inédito ou disruptivo. E ainda utiliza algumas fórmulas manjadas à exaustão pela indústria do gênero.

“Besouro Azul” une família e latinidade

No entanto, o grande diferencial de “Besouro” é apostar na família e  na identidade latina como elementos essenciais para conduzir a história.

Vale destacar que cada membro da família de Jaime Reyes, o Besouro Azul, possui um papel bem importante no contexto e são bem construídos. Mesmo sem gastar tempo de tela para apresentá-los individualmente ou exibir flashbacks, Soto trabalha bem o suficiente para que o público sinta uma empatia pelos personagens.

Em contrapartida, o filme aborda os inúmeros desafios que a comunidade latina tem que superar para viver com o mínimo de dignidade nos Estados Unidos. Durante as 2 horas e 7 minutos são exibidos exemplos bem explícitos de como os imigrantes hispânicos são marginalizados sistematicamente por lá.

Mesmo com esse ensaio de aprofundamento em temas espinhosos, na maior parte do tempo o clima é leve, com muitas piadinhas. Algo já bem comum nas obras baseadas em quadrinhos produzidos em Hollywood na última década.

Confira o trailer no :

A série de referências à cultura latina traz até citações diretas a programas de televisão mexicanos que fizeram sucesso (ou fazem até hoje) na TV brasileira. 

Há muito uso de CGI. Porém, é bem feito na maioria das vezes. A representação do traje e dos poderes do Besouro Azul também é satisfatória.

Sem lutas marcantes

Quem está esperando cenas de luta épicas provavelmente vai se desapontar. Uma vez que este, certamente, está bem longe de ser um dos pontos fortes do filme.

Embora o herói seja bem interessante, o mesmo não pode ser dito dos vilões. Conrad Carapax e Victoria Kord não são os antagonistas mais memoráveis do universo DC. Parecem não terem sido trabalhados o suficiente para passar a sensação de serem realmente uma ameaça.

A escolha do elenco foi bem feita. O destaque vai para Xolo Maridueña, que vive o protagonista Jaime Reyes. O ator de 22 anos se provou, assim, uma excelente escolha para o papel, funcionando muito bem em cenas mais engraçadas e também demonstrando bastante competência para atuar em situações dramáticas.

A estreia de Marquezine

Por outro lado, a produção destaca Bruna Marquezine, que faz sua estreia em Hollywood. A atriz interpreta Jenny Kord, personagem chave para o desenrolar da trama. A brasileira está bastante à vontade, mesmo em um idioma que não é sua língua materna.

Aliás, é preciso destacar a química entre Maridueña e Marquezine. Algo que transmite bastante autenticidade a respeito da relação que é construída ao longo da história.

George Lopez também tem uma participação bem notável. No papel do tio Rudy, Lopez vive o personagem que é o principal alívio cômico do filme, mas que, mesmo com seu jeito um tanto “excêntrico”, é bem importante em momentos chave.

Por fim, “Besouro Azul” tem estreia prevista nos cinemas brasileiros neste 17 de agosto (quinta-feira).

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