Batalha entre Epic e Google chega aos tribunais dos EUA; entenda
Briga pelos 30%
Todo esse celeuma gira em torno da taxa de 30% por cada compra feita dentro do Google Play, que vale tanto para aplicativos pagos quanto para itens dentro dos apps. Esse valor chega a ser dez vezes maior do que o cobrado por empresas como PayPal ou administradoras de cartão de crédito.
Em 2020, sem avisar nem a Google nem a Apple, a Epic adicionou uma opção em “Fortnite” para smartphones que permitia comprar V-Bucks (a moeda virtual do jogo) usando PayPal ou cartão de crédito. Não apenas isso, como ainda ofereceu um desconto de 20% para quem utilizasse esse método.Em resposta, o “Fortnite” foi removido tanto da Google Play quanto da Apple Store logo em seguida. A alegação das empresas era de que o app violou as políticas das lojas. Ato contínuo, a Epic contra-atacou processando as duas gigantes da tecnologia por possível monopólio.
O caso contra a Apple foi julgado em 2021. A juíza Yvonne Gonzalez Rogers deu razão à Epic e decidiu que os desenvolvedores agora podem vender itens dentro dos apps usando outros meios de pagamento sem necessidade de mediação da Apple. Vale notar que a empresa de Cupertino também cobra 30% por cada transação feita dentro da Apple Store e impedia qualquer link que levasse a outros métodos de pagamento.
Por outro lado, a decisão considerou que houve uma quebra de contrato quando a Epic implementou um meio de pagamento alternativo sem comunicar a dona da loja. Por isso, a desenvolvedora foi condenada a indenizar a Apple com 30% do faturamento que obteve durante esse período. Além disso, o “Fortnite” continua banido da Apple Store.