Bactérias que “comem” metano podem desacelerar aquecimento global, diz estudo
Como o metano se tornou a maior ameaça ambiental
O setor agropecuário é a maior fonte de emissão de metano devido às quantidades de esterco e liberações gastroentéricas. O metano é um dos gases do efeito estufa, a causa direta pelo aquecimento global, embora presente em menores quantidades na atmosfera se comparado ao dióxido de carbono.
Entretanto, a emissão de metano é preocupante pela sua capacidade de retenção de calor 85 vezes maior que a do CO2 durante os 25 anos após chegar à atmosfera. Além disso, o metano se tornou um grande problema entre os gases do efeito estufa devido ao seu rápido crescimento nos últimos 15 anos.
Atualmente, o metano corresponde por 30% dos gases responsáveis pelo aquecimento global.Bactérias podem resultar em emissões mais nocivas
Atualmente, as soluções mais propostas para redução de metano focam em diminuir a emissão, mas isso nem sempre é possível. Os pesquisadores ressaltam que as estratégias para diminuir a emissão e a remoção de metano são necessárias para alcançar as metas climáticas.
Lidstrom alerta que quaisquer estratégias de redução de emissões de metano que ampliem a atividade de bactérias em comunidades naturais podem resultar em emissões de óxido nitroso. As emissões de óxido nitroso são 10 vezes mais impactantes ao aquecimento global em relação às de metano. Contudo, essa tecnologia de bactérias que comem metano não produzem emissões de óxido nitroso. Por outro lado, a implementação do método enfrenta uma barreira técnica. Seria necessário aumentar a unidade de tratamento de metano em vinte vezes. Para implementar as bactérias que comem metano em uma grande escala, serão necessários milhares de reatores de alto desempenho. Caso isso aconteça, outras barreiras são o investimento financeiro e aceitação pública. De acordo com os pesquisadores, se o estudo conseguir quebrar essas barreiras, é possível testar o método daqui a quatro anos.