Em 2020, a morte súbita e enigmática de 356 elefantes em Botsuana, na África, intrigou o mundo. Agora, um estudo revela que uma bactéria previamente desconhecida, identificada como táxon 45 de Bisgaard, matou pelo menos seis deles.
Uma pesquisa publicada na revista científica focou em entender a morte repentina de 13 elefantes com sinais de infecção grave. O levantamento notou em seis deles evidências da bactéria táxon 45 de Bisgaard.
A pesquisa, liderada pelo cientista Chris Foggin, veterinário de vida selvagem do Victoria Falls Wildlife Trust, revelou que a seca implacável e a escassez de alimentos enfraqueceram as defesas imunológicas dos elefantes. Isso permitiu que a bactéria se espalhasse e causasse uma infecção letal.
“Temos muitos patógenos que não causam doenças – e certamente não causam a morte. Mas se as defesas do hospedeiro forem quebradas, isso permite que a bactéria se espalhe e, no final, não cause apenas uma infecção local. após uma mordida – mas causa doenças graves”, disse Foggin à .
Impacto na conservação dos elefantes
A descoberta deixou os conservacionistas alarmados, uma vez que a espécie já enfrenta desafios significativos para sua sobrevivência.
Com apenas 350.000 elefantes da savana africana remanescentes na natureza e uma perda estimada de 8% anualmente, entender e controlar esses surtos se torna crucial para a proteção desses animais.
Os estudiosos reforçam que a descoberta da bactéria levanta a urgência de compreender melhor as interações complexas entre os animais e seu ambiente. Além disso, destacam a necessidade de ações imediatas para garantir a preservação da vida selvagem na região.