“Back To Black”: longa sobre Amy Winehouse tem seu potencial desperdiçado
A estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (16). “Back To Black” se propõe a contar (em menos de 1h50) a vida da talentosa cantora britânica que, infelizmente, morreu muito cedo, aos 27 anos, por intoxicação alcoolica após passar um longo período sóbria.
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Sam Taylor-Johnson dirigiu o novo filme. Ela já havia comandado “O Garoto de Liverpool”, que retrata a vida do eterno beatle John Lennon. Porém, ela também é conhecida principalmente pelo seu trabalho na adaptação do livro “Cinquenta Tons de Cinza” — que está longe de ser uma unanimidade.
Após o sucesso de “Bohemian Rhapsody”, filme sobre o grupo Queen, a indústria cinematográfica passou a investir em outras cinebiografias de grandes nomes da música, como “Rocket Man”, de Elton John, e “I Wanna Dance with Somebody”, sobre Whitney Houston. Porém, nem sempre a história de uma grande artista garante um longa-metragem de boa qualidade.
Infelizmente, os responsáveis por “Back to Black” não souberam utilizar todo o potencial que a história de Amy Winehouse teria para uma adaptação. O resultado é bastante superficial onde ninguém parece ter nenhum grau de responsabilidade sobre o que ocorreu com a cantora.
Amy nas telonas
A produção apresenta Amy (Marisa Abela), uma jovem talentosa que desperta o interesse de produtores musicais de Londres por sua voz única. Ao mesmo tempo em que se revela uma artista promissora, desde a juventude já apresenta sinais de adicção por álcool.
O filme aborda sua história desde o ótimo “Frank”, seu álbum de estreia, até o período que sucedeu o lançamento do aclamado “Back to Black”, além de passar rapidamente por alguns momentos importantes da vida da cantora. Isso inclui a perda da avó, de quem era muito próxima, e o conturbado relacionamento com Blake Fielder-Civil (Jack O’Connell).
Fielder-Civil é acusado de ter apresentado drogas mais pesadas à Amy e é uma figura central em sua trajetória. A artista, inclusive, tinha uma tatuagem e lançou algumas canções dedicadas ao ex-marido, com quem ficou casada entre 2007 e 2009.
No entanto, o roteiro parece não tratar o relacionamento com a devida importância ou peso. Em algumas sequências, o longa parece romantizar o relacionamento que era extremamente tóxico. Isso porque o retratou como uma história de amor verdadeira entre pessoas que, apesar das idas e vindas, ainda permanecem juntas.
O lado polêmico da cantora
O longa menciona os transtornos alimentares da cantora. Mas optou pelo não aprofundamento. O filme tem uma clara preferência em focar em outras questões polêmicas. Isso inclui alcoolismo, abuso de drogas ou o relacionamento com os fotógrafos que acampavam em frente da casa da artista.
Enquanto tenta retratar de forma fidedigna os acontecimentos mais controversos, o longa alterna com apresentações dos maiores sucessos da cantora como “Stronger Than Me”, “Fuck me Pumps”, “Valerie”, “Rehab”, “Loving is a Losing Game” e, claro, “Back to Black”, mas isso não é suficiente para melhorar as impressões sobre o filme, que deixou bastante a desejar.
Marisa Abela se destaca
Embora o filme possa decepcionar, o trabalho de Marisa Abela tem de ser destacado. A atriz vai bem na atuação, emulando trejeitos e até o jeito de andar e correr de Amy Winehouse.
Mesmo a presença de outros bons atores no longa não são suficientes para tirar sensação de que a história deveria ter sido melhor aproveitada. É o caso, por exemplo, de Eddie Marsan, que interpreta Michel Winehouse, o pai da cantora — que é uma das figuras da história, mas tratada de forma muito superficial. Ou mesmo Lesley Manville, que interpreta Cynthia Winehouse, a avó de Amy.
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