Ava DuVernay ajuda “Marte Um” no Oscar 2023 e lançará filme nos EUA

A diretora de “Selma: Uma Luta pela Liberdade” e “A 13ª Emenda” comprou os direitos de distribuição do filme do filme brasileiro e vai colocá-lo na Netflix dos EUA
Marte Um
Imagem: Divulgação/Reprodução

Escolhido para representar o Brasil no Oscar 2023, “Marte Um” vai ganhar uma ajuda da cineasta Ava DuVernay na competição. A diretora, roteirista e produtora, indicada ao Oscar pelo documentário “A 13ª emenda” também é conhecida pelos trabalhos em “Selma: Uma luta pela igualdade” e “Olhos que condenam”, será a responsável, através de sua distribuidora Array Realising, pelo lançamento do longa do brasileiro Gabriel Martins nos cinemas dos Estados Unidos.

Nos EUA, o filme será lançado simultaneamente nos cinemas e na Netflix no dia 5 de janeiro. No Brasil, o longa continua em cartaz, e já fez mais de 85 mil espectadores, está nos cinemas há 15 semanas. A estreia em terras norte-americanas pode aumentar as chances ao título no Oscar caso seja pré-selecionado.

“Gabriel Martins criou um drama repleto de camadas emocionais em sua estreia na direção solo. A Array Releasing tem orgulho de lançar esse filme, que tem a marca de ser a primeira vez que uma escolha do Brasil para o Oscar é dirigida por um negro”, declarou à Tilane Jones, presidente da distribuidora americana. Além dos EUA, a Array também lançará o filme no Canadá, Reino Unido, Austrália e Nova Zelândia. Exibido no Festival de Gramado, “Marte Um” recebeu o Prêmio Especial do Júri, o Prêmio do Júri Popular, além de Melhor Roteiro, também assinado por Martins, e Melhor Trilha Musical, de Daniel Simitan. No BlackStar Film Festival, o filme ganhou o prêmio de Melhor Longa Ficcional, e no Out on Film, Melhor Longa Internacional, Melhor Elenco e Melhor Filme de Ficção. Além disso, foi exibido no LA Outfest, no Nashville Film Fest e no San Francisco International Film Festival. Caso “Marte Um” chegue ao Oscar 2023, e esteja entre os cinco títulos que vão disputar a estatueta dourada de melhor filme internacional do ano que vem, a produção irá quebrar um tabu de 24 anos. Desde 1999 com Central do Brasil (1998), o Brasil não tem um título nacional na maior premiação da indústria do cinema. Na época, não apenas o longa foi mencionado, como Fernanda Montenegro se tornou a primeira atriz latino-americana a ser indicada como melhor atriz.

O filme estreou no Festival Sundance de Cinema em janeiro deste ano, e chegou aos cinemas brasileiros em 25 de agosto. A trama acompanha uma família da periferia de Contagem, em Minas Gerais, composta por um elenco em sua maioria desconhecido do grande público. A trama mostra o personagem Deivid, o caçula de uma família de classe média negra que sonha em se tornar astrofísico e participar da missão “Marte Um”, que promete colonizar o planeta vermelho em 2030. No entanto, o jovem é tratado pelo pai como um futuro talento do futebol, sendo a aposta da família para dias melhores. A vida dos personagens é atravessada pelas tensões e pelos acontecimentos políticos e sociais do Brasil de 2018. Segundo a sinopse:
“A família Martins vive tranquilamente nas margens de uma grande cidade brasileira após a decepcionante posse de um presidente extremista de extrema-direita. Sendo uma família negra de classe média baixa, eles sentem a tensão de sua nova realidade. Tércia, a mãe, reinterpreta seu mundo depois que um encontro inesperado a deixa se perguntando se ela é amaldiçoada. Seu marido, Wellington, coloca todas as suas esperanças na carreira de seu filho, Deivinho, que por pressão e querendo agradar o pai, segue as ambições dele, apesar de secretamente aspirar estudar astrofísica e colonizar Marte. Enquanto isso, a filha mais velha, Eunice, se apaixona por uma jovem de espírito livre e questiona se é hora de sair de casa”.

No elenco, estão Rejane Faria, Carlos Francisco, Camilla Damião, Cícero Lucas, Ana Hilário, Russo APR, Dircinha Macedo, Tokinho e Juan Pablo Sorrin. Produzido pela Filmes de Plástico, em coprodução com o Canal Brasil, o longa foi premiado no Festival de Gramado nas categorias de melhor filme do júri popular, melhor roteiro, melhor trilha musical e levou o prêmio especial do júri. Veja o trailer da produção:

Rayane Moura

Rayane Moura

Rayane Moura, 26 anos, jornalista que escreve sobre cultura e temas relacionados. Fã da Marvel, já passou pela KondZilla, além de ter textos publicados em vários veículos, como Folha de São Paulo, UOL, Revista AzMina, Ponte Jornalismo, entre outros. Gosta também de falar sobre questões sociais, e dar voz para aqueles que não tem

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