Austrália também vai banir TikTok de celulares governamentais
Existe uma preocupação crescente com o tratamento dos dados de usuários da plataforma e agora já são de dez países que proíbiram funcionários de usar o app
O governo australiano anunciou que proibirá download e uso do TikTok em dispositivos móveis governamentais. Agora a Austrália se junta a países como Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e Nova Zelândia, que já adotaram a medida nas últimas semanas e proibiram o aplicativo em celulares de autoridades de alto escalão.
Ao todo, a rede social já foi banida de dispositivos governamentais em mais de dez países e a tendência é de que o número aumente ainda mais nos próximos meses.Existe uma preocupação que a ByteDance, a desenvolvedora do TikTok, compartilhe dados dos usuários ou facilite ações de espionagem do governo chinês. Isso está fazendo as autoridades reverem até mesmo autorização para o app de vídeos curtos operar em seus países.
Por outro lado, a China segue criticando duramente os governos ocidentais e os acusa de estar em uma campanha para prejudicar a plataforma que segue crescendo em popularidade no planeta inteiro. Os dirigentes chineses também já chegaram a acusar alguns governos de disseminação de desinformação sobre o app.
TikTok x EUA
O TikTok vive sob ameaças de banimento nos últimos anos. No governo do ex-presidente Donald Trump, à medida em que as tensões com Pequim se intensificavam, a situação da plataforma ficava ainda mais complicada. A intenção do chefe do executivo era bani-la permanentemente.No mandato do atual presidente Joe Biden nada mudou. No mês passado o The Wall Street Journal revelou que integrantes do governo estudavam obrigar a ByteDance a vender a rede social para uma empresa americana para que ela pudesse continuar operando no país.
Mês passado, Shou Zi Chew, CEO do TikTok, foi depor ao parlamento dos EUA e deu explicações sobre o armazenamento de dados. Além disso, boa parte dos questionamentos foi sobre a ligação da empresa com o Partido Comunista. Em contrapartida, a empresa chinesa tem um plano de transferir os dados de usuários americanos para servidores localizados nos EUA. A medida seria para acalmar os ânimos de políticos locais. No entanto, essa história parece bem longe de terminar.