A camada de ozônio é uma barreira gasosa na estratosfera que filtra a radiação ultravioleta emitida pelo Sol, protegendo a vida no planeta.
A liberação de óxidos nítricos e nitrosos expelidos por veículos, o CO2 produzido pela queima de combustíveis fósseis ou mesmo CFCs (clorofluorcarbonos) podem destruir essa proteção, colocando a Terra em risco.
Mas a ameaça não vem apenas da superfície. Partículas de plasma expelidas pelo Sol, como íons e elétrons, acabam reagindo com a atmosfera terrestre e produzindo óxidos de nitrogênio e hidrogênio, que egradação da camada de ozônio.
Os pesquisadores não sabiam, até então, a melhor forma de observar essas interações e entender o tamanho do impacto. Agora, uma equipe formada por cientistas do Japão, EUA e Canadá pode ter encontrado a resposta.
A interação entre as partículas e a atmosfera causa também as chamadas auroras – os famosos brilhos que tomam o céu noturno. As auroras isoladas de prótons, especificamente, ocorrem mais distantes do polo da Terra e parecem ser ideais para rastrear os danos do Sol à camada de ozônio.
Após analisar uma aurora de prótons, os cientistas notaram que dentro dos primeiros 90 minutos após sua formação, as concentrações de ozônio na mesosfera caíram entre 10 e 60% – mais do que o previsto em simulações. O estudo completo foi publicado na revista
Pela primeira vez, os dados revelaram a formação de um buraco localizado na mesosfera de aproximadamente 400 km de largura. Mas não é necessário alarde: os níveis voltam ao normal naturalmente e não representam problemas a longo prazo para a estratosfera. O importante é que agora os cientistas podem acompanhar a evolução do fenômeno e identificar qualquer problema futuro.