Aumento do nível do mar desacelera, mas NASA não vê motivos para comemorar
Cientistas acompanham de perto o aumento do nível global do mar desde 1993. Nestes 30 anos, as águas subiram, em média, 9,1 centímetros — o que é um número bastante considerável se você pensar na Terra como um todo.
O fenômeno é consequência das atividades humanas, que intensificam as mudanças climáticas e contribuem para o aumento das temperaturas. E, por tabela, levam ao derretimento de geleiras e a expansão térmica da água.
Durante as últimas três décadas, os pesquisadores calcularam uma taxa anual média do aumento do nível do mar. Para isso, usam diversos equipamentos tecnológicos, como os altímetros de radar.
Basicamente, esses objetos refletem sinais de micro-ondas na superfície do oceano e registram o tempo que o sinal leva para ir e vir de um satélite até a Terra. Dessa forma, os pesquisadores conseguem inferir de forma precisa o aumento dos níveis oceânicos.
Atualmente, é esperado que o nível aumente 0,66 centímetros por ano até 2050. O valor de 2021 para 2022, no entanto, foi muito menor. Nesse período, o mar subiu 0,27 centímetros – o equivalente a adicionar a água de um milhão de piscinas olímpicas ao oceano todos os dias durante um ano.
Infelizmente, a que não devemos nos animar com esse dado. O menor aumento do nível do mar parece estar relacionado ao fenômeno La Niña, que fez chover mais sobre a terra do que sobre o oceano. Como consequência, o nível do mar caiu temporariamente.
Isso não deve se repetir nos próximos anos. Para que vejamos mudanças maiores, é preciso que as nações atinjam rapidamente a meta do carbono zero. Quanto menos gases do efeito estufa na atmosfera, menor o aquecimento global e o derretimento das geleiras — grande responsável por mares avançando sobre os continentes.