Astrônomos acham asteroide que acompanha a Terra desde a Antiguidade
Cientistas anunciaram a descoberta de um asteroide que circula o Sol em uma órbita próxima da Terra. O mais interessante é que ele acompanha nosso planeta desde a Antiguidade.
A rocha – com largura estimada entre 10 e 20 metros – foi encontrada no último dia 28 de março pelo telescópio Pan-STARRS, instalado no Havaí. A veio no início de abril, a partir da observação por outros telescópios.
Batizado como 2023 FW13, o asteroide está em ressonância 1:1 com a órbita da Terra, tornando-o em um objeto do tipo “quase-lua” — também conhecido como “quase-satélite”. Isso significa que ele segue o nosso planeta através do espaço, mas não está ligado gravitacionalmente a ele.
Esse tipo de objeto conta com uma órbita ligeiramente diferente, instável e temporária. No caso do asteroide descoberto, ele possui ainda uma trajetória excêntrica, que estende a meio caminho de Marte e a meio caminho de Vênus, como pode ser visto na animação do tuíte abaixo:
Meet newly-discovered asteroid 2023 FW13. noticed it is a quasi-satellite of Earth.
Astronomer, Sam Deen, located precovery images which help confirm the 1:1 resonance with Earth. This is the same type of orbit as Kamoʻoalewa (2016 HO3).— Tony Dunn (@tony873004)
Por outro lado, apesar dessa ressonância, é bastante improvável que ele represente alguma ameaça ao nosso planeta. O objeto tem uma trajetória que dificilmente entraria em rota de colisão com a Terra. E, mesmo que isso acontecesse, seria possível prever o impacto com décadas de antecedência.
Asteroide é antigo vizinho da Terra
Segundo simulações por computador, o objeto está nas proximidades da Terra . e deve ficar na nossa vizinhança até pelo menos o próximo ano de 3700. Até o momento, esta é a quase-lua que acompanha a Terra há mais tempo descoberta até então.
Vale lembrar que o 2023 FW13 não é o primeiro asteroide descoberto em ressonância com Terra. Em 2016, por exemplo, astrônomos anunciaram que o asteroide 2016 HO3 também viaja ao redor do Sol próximo ao nosso planeta.
Astrônomos acreditam que esses tipos de asteroides podem se tornar verdadeiros “trampolins” para missões tripuladas para Marte. Com a proximidade com o nosso planeta, seria possível enviar astronautas até eles para simular uma viagem ao espaço profundo, preparando-os para travessias mais longas até o planeta vermelho.