Astronautas aposentados da NASA serão aproveitados em viagens para a ISS
Um na última segunda-feira (1) deixou astronautas aposentados em alerta: eles poderão ser convocados para servir como comandantes em voos privados para a ISS (Estação Espacial Internacional).
A decisão visa aumentar a segurança de passageiros e evitar que as operações da ISS fiquem sobrecarregadas pelo turismo espacial — que deve se intensificar nos próximos anos. Apesar do comunicado, a política ainda não está valendo.
Segundo a agência espacial dos EUA, os astronautas aposentados teriam a missão de orientar missões particulares durante a preparação pré-voo até o retorno à Terra. A informação vem na esteira do crescimento do turismo espacial, com viagens ao espaço realizadas por empresas como Virgin Galactic, SpaceX, de Elon Musk, e Blue Origin, de Jeff Bezos.
A NASA também quer incluir novas regras para esse tipo de voo. Segundo , autoridades do setor já se preparam para incluir novos padrões do ponto de vista médico em espaçonaves particulares.
Outra medida seria aumentar o tempo de espera para projetos de pesquisa privados, mudar a política de cargas que podem retornar à Terra e exigir mais tempo para astronautas particulares se ajustarem à microgravidade.
Não há muitos astronautas no mercado. Hoje a NASA possui pouco mais de 200 profissionais aposentados ainda vivos. Não se sabe, contudo, quantos podem ou têm condições médicas de comandar futuras missões ao espaço.
A própria NASA conta com poucos astronautas: são 44, o menor número desde a década de 1970. Em janeiro, a agência sobre uma possível paralisação nas futuras missões à ISS e à Lua por causa da falta desses profissionais.
Aprendendo a lição
O aviso lançado pela NASA diz que as mudanças foram consequência de “lições aprendidas” durante o voo Axiom Space, em abril. Na ocasião, passageiros pagaram US$ 55 milhões cada para voar na 1ª missão privada à ISS.
Astronautas que a viagem causou muito estresse à tripulação tanto da ISS quanto da Axiom.
A missão, porém, contava com um ex-astronauta da NASA a bordo: Michael López-Alegría. Mas, ao fim da viagem, o presidente da Axiom, Michael Suffredini, que considerava tripular futuros voos sem esses profissionais a bordo. O motivo: liberar espaço para mais um passageiro pagante.