Árvores têm mais dificuldade de sobreviver perto de outras da mesma espécie
Texto: Julia Custódio* / Arte: Simone Gomes / Jornal da USP
Uma com participação do Instituto de Biociências (IB) da USP mostrou que as árvores sobrevivem menos quando cercadas por vizinhas da mesma espécie, o que provavelmente é causado pela especialização de patógenos, os diversos agentes que as agridem, como parasitas, bactérias e fungos. O estudo, que analisou dados de 23 florestas em todo o mundo, incluindo a Ilha do Cardoso no Brasil, endossa parte de uma das hipóteses da ecologia e pode explicar por que a diversidade de espécies é maior nos trópicos.
O , coordenado por professores na Alemanha, foi justamente voltado para testar essa hipótese a partir de informações coletadas de diferentes florestas do mundo. A base de dados dinâmicos das árvores, isto é, comparados durante o tempo, foi feita em colaboração com o ForestGEO, rede de cientistas ao redor do globo que monitora as florestas e espécies.
“Isso traz mais uma peça para esse quebra-cabeça que é entender por que os trópicos têm uma maior diversidade de espécies”, diz Melina Leite.
“Entender melhor é também conseguir prever as consequências das ações humanas sobre as florestas”, diz a ecóloga. Por isso, o monitoramento de larga escala das florestas do globo é tão importante.”
O artigo Latitudinal patterns in stabilizing density dependence of forest communities, publicado na revista Nature, está disponível no link .
Mais informações: e-mail [email protected], com Melina de Souza Leite
*Estagiária, com orientação de Luiza Caires
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