Árvore da vida das plantas revela potencial para identificar novas espécies e para conservação
Texto: Gabriele Mello* – Arte: Simone Gomes/Jornal da USP
Importância para a biodiversidade
Entre as amostras de espécies analisadas e sequenciadas, estavam a de uma Arenaria globiflora coletada há aproximadamente 200 anos no Nepal, e de plantas extintas, como a Hesperelaea palmeri, que não é encontrada viva desde 1875. Além de espécies já extintas, foram sequenciados os DNAs de 511 espécies que constam na lista vermelha da IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza).
A árvore da vida das angiospermas é uma figueira
Os pesquisadores, através dos dados, conseguiram chegar a respostas sobre a evolução e disseminação das angiospermas pelo globo. Baseados em 200 fósseis, os cientistas seguiram pela linha do tempo para descobrir que algumas poucas espécies deram origem a mais de 80% das linhagens existentes hoje em dia. No entanto, houve uma queda e estabilização e, há 40 milhões de anos, surgiu uma nova explosão de diversidade, que coincide com a diminuição das temperaturas no planeta.
Para Zuntini, a “árvore da vida” é uma figueira. “Uma figueira, quando você olha, às vezes os troncos se encostam, se juntam e se separam de novo”, explica o pesquisador, falando sobre a complexidade nas relações entre as plantas, observada no projeto. “Agora, nós começamos a ter dados para testar, e como o nosso trabalho é o primeiro a apresentar dados de centenas de marcadores para milhares de grupos, a gente consegue estudar isso em diferentes escalas”, completa.Mais informações: e-mail [email protected] e a.
*Com orientação de Luiza Caires e Fabiana Mariz e informações do Royal Botanic Garden
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