Arqueólogos usam lasers para mapear passagens secretas na Escócia
Arqueólogos estão a função de misteriosas passagens subterrâneas espalhadas pelo território da Escócia. Tudo indica que as cerca de 500 estruturas teriam sido construídas na Idade do Ferro, entre 1.200 a.C. e 1.000 d.C.
As passagens só foram descobertas em fevereiro de 2022, por um grupo de pesquisadores. Eles não conseguiram chegar a um consenso sobre o motivo pelo qual foram as estruturas foram construídas. A hipótese é que armazenavam grãos ou servissem como “geladeiras”, uma forma de manter laticínios frescos.
Outra possibilidade é que tenham sido locais de segurança, como bunkers arcaicos. As passagens poderiam abrigar objetos de valor, ou escravos e reféns. Também é possível que fossem locais para fins cerimoniais, como um santuário medieval ou capelas particulares.
A expectativa é que eles consigam responder a essas perguntas com uma investigação que usa scanners a laser capazes de registrar com precisão as marcas esquecidas nos túneis escuros.
Lasers para desbravar o passado
Em uma das incursões, a equipe colocou o dispositivo à laser, um Leica BLK360, sobre um tripé na frente de uma entrada com menos de 1 m de altura.
Quando entrou em ação, o scanner, que tem menos que o tamanho de uma caixa de sapato, disparou um laser contra as paredes. O equipamento consegue bombardear as estruturas cerca de 10.000 vezes por segundo, o que resultou em milhões de medições em menos de uma hora.
Esses levantamentos devem ajudar a esclarecer a condição e estrutura das passagens subterrâneas. Para entender o que há do lado de dentro, eles usam o software Trimble RealWorks, Nubigon e Blender, o que produz modelos acessíveis em figuras 3D multicoloridas. Veja como ficam os “desenhos” do laser no vídeo:
Isso permite que os arqueólogos possam olhar para os modelos de qualquer ângulo, medir distâncias e mudar as cores conforme a altura e densidade, por exemplo. Com a tecnologia, pesquisadores poderão analisar vestígios em sítios arqueológicos sem precisar ir até lá.
Os dispositivos tendem a facilitar a identificação dessas passagens subterrâneas até então desconhecidas da Escócia, e, quem sabe, descobrir novos sinais capazes de explicar o passado.