Arqueólogos usam lasers para mapear passagens secretas na Escócia

Uso de lasers facilita o trabalho de arqueólogos, que tentam entender a construção de passagens secretas na Escócia há mais de 3 mil anos
Arqueólogos usam lasers para mapear passagens secretas na Escócia
Imagem: Forestry and Land Scotland/YouTube/Reprodução

Arqueólogos estão a função de misteriosas passagens subterrâneas espalhadas pelo território da Escócia. Tudo indica que as cerca de 500 estruturas teriam sido construídas na Idade do Ferro, entre 1.200 a.C. e 1.000 d.C. 

As passagens só foram descobertas em fevereiro de 2022, por um grupo de pesquisadores. Eles não conseguiram chegar a um consenso sobre o motivo pelo qual foram as estruturas foram construídas. A hipótese é que armazenavam grãos ou servissem como “geladeiras”, uma forma de manter laticínios frescos. 

Outra possibilidade é que tenham sido locais de segurança, como bunkers arcaicos. As passagens poderiam abrigar objetos de valor, ou escravos e reféns. Também é possível que fossem locais para fins cerimoniais, como um santuário medieval ou capelas particulares. 

A expectativa é que eles consigam responder a essas perguntas com uma investigação que usa scanners a laser capazes de registrar com precisão as marcas esquecidas nos túneis escuros.

Lasers para desbravar o passado

Em uma das incursões, a equipe colocou o dispositivo à laser, um Leica BLK360, sobre um tripé na frente de uma entrada com menos de 1 m de altura. 

Quando entrou em ação, o scanner, que tem menos que o tamanho de uma caixa de sapato, disparou um laser contra as paredes. O equipamento consegue bombardear as estruturas cerca de 10.000 vezes por segundo, o que resultou em milhões de medições em menos de uma hora. 

Esses levantamentos devem ajudar a esclarecer a condição e estrutura das passagens subterrâneas. Para entender o que há do lado de dentro, eles usam o software Trimble RealWorks, Nubigon e Blender, o que produz modelos acessíveis em figuras 3D multicoloridas. Veja como ficam os “desenhos” do laser no vídeo: 

Isso permite que os arqueólogos possam olhar para os modelos de qualquer ângulo, medir distâncias e mudar as cores conforme a altura e densidade, por exemplo. Com a tecnologia, pesquisadores poderão analisar vestígios em sítios arqueológicos sem precisar ir até lá. 

Os dispositivos tendem a facilitar a identificação dessas passagens subterrâneas até então desconhecidas da Escócia, e, quem sabe, descobrir novos sinais capazes de explicar o passado.

Julia Possa

Julia Possa

Jornalista e mestre em Linguística. Antes trabalhei no Poder360, A Referência e em jornais e emissoras de TV no interior do RS. Curiosa, gosto de falar sobre o lado político das coisas - em especial da tecnologia e cultura. Me acompanhe no Twitter: @juliamzps

fique por dentro
das novidades giz Inscreva-se agora para receber em primeira mão todas as notícias sobre tecnologia, ciência e cultura, reviews e comparativos exclusivos de produtos, além de descontos imperdíveis em ofertas exclusivas

카지노사이트 온라인바카라 카지노사이트