Arqueólogos encontram trombetas raras do século 16 em navio afundado
Durante mergulhos em uma área próxima à Croácia, arqueólogos marinhos encontraram um navio afundado cheio de tesouros. Em vez de ouro ou prata, eles acharam restos de latão que pertenciam às trombetas que afundaram com a embarcação.
Esse “tesouro” parece ser insignificante, mas só parece. Os arqueólogos, na verdade, fizeram uma descoberta “excepcionalmente rara”, que lança uma luz sobre os padrões comerciais da Europa do século 16.De acordo com o do Centro Internacional de Arqueologia Submarina de Zadar, na Croácia, os arqueólogos descobriram o navio naufragado no Cabo de Franina, no Mar Adriático.
Durante os mergulhos, os arqueólogos encontraram potes de cerâmica, miçangas, tigelas de vidro vermelho e trombetas feitas de latão. Ainda de acordo com o comunicado, os arqueólogos encontraram uma carga valiosa no navio afundado, pois continham várias trombetas feitas de latão, instrumentos extremamente raros e caros no século 16.A raridade da descoberta dos arqueólogos levanta a seguinte questão: de onde vieram as trombetas do navio afundado na Croácia?
Origem das trombetas do século 16
Conforme a nota do Centro Internacional de Arqueologia Submarina de Zadar, as trombetas foram fabricadas em dois locais: Estrasburgo, na França, e Leiden, na Holanda.
Uma das trombetas mais preservadas do navio mostra a inscrição “LVGDVNY BATAVORVM”, o nome de Leiden em Latim. “Até então, não há registro da existência ou preservação de trombetas dessas cidades em qualquer lugar do mundo”, diz o comunicado.Desse modo, os arqueólogos suspeitam que o navio afundado era uma embarcação holandesa e, provavelmente, comercializava produtos na rota entre Leiden, Veneza e Constantinopla.
Segundo a mídia local, devido à rota comercial entre essas três cidades, o navio afundado transportava grãos e cereais quando naufragou na Croácia no final do século 16, mas os arqueólogos ainda estudam o naufrágio. Além das trombetas, os arqueólogos encontraram canhões, cordas e roldanas. No entanto, ao contrário das trombetas – que serão fontes de maiores estudos pelos arqueólogos –, esses itens ficarão no navio afundado.