Arqueólogos encontram estátuas gigantes com rostos inexpressivos de 3 mil anos
Pesquisadores italianos encontraram no sítio arqueológico de Mont’e Prama, na ilha de Sardenha, duas estátuas gigantes que remetem à Idade do Ferro. Os artefatos de rostos inexpressivos possuem escudos grudados em seus corpos, o que leva a crer que as imagens representam pugilistas.
Não é a primeira vez que esse tipo de estátua é revelado na ilha. Na verdade, a dupla se junta a um conjunto de mais de 30 figuras de pugilistas, guerreiros e arqueiros encontradas por arqueólogos desde a década de 1970.
Parte dessas estruturas de calcário, que têm entre 2 e 2,5 metros de altura, estão expostas no museu de Cabras, cidade em que ocorreu a escavação. As peças datam de 3 mil anos atrás, tendo sido criadas pela civilização Nuráguica.
Além das estátuas gigantes, foram reveladas 200 sepulturas que datam entre 950 e 730 a.C. – sendo a maioria de homens jovens. Não se sabe para que as imagens foram utilizadas, mas pesquisadores sugerem que elas podem ter sido aplicadas para simbolizar a vida dos enterrados.
Há ainda as de que as estátuas podem ter sido guardiãs ancestrais que vigiavam a necrópole ou foram construídas para a comemoração de um importante evento histórico.
Esse é apenas mais um dos mistérios da civilização Nuráguica, que ocupou a Sardenha até o século 2 d.C. A ilha também possui mais de 6 mil torres formadas por pedras, que recebem o nome de nuraghi. Este é considerado um número bastante alto para uma região pouco maior que o País de Gales, mas a finalidade das estruturas não é conhecida.