Tecnologia

Apple vai bloquear iPhone que for consertado com peças roubadas

Por meio do recurso Bloqueio de Ativação, a Apple vai impedir o uso de iPhone com peças adquiridas por roubo ou furto de celulares
Imagem: Apple/Divulgação
A Apple vai passar a bloquear iPhones consertados com peças roubadas. Com uma expansão no recurso Bloqueio de Ativação, a empresa espera reduzir casos em que ladrões desmontam os aparelhos a fim de revender os componentes internos no mundo todo.

Segundo a Apple, clientes e autoridades policiais pediram a criação do recurso para coibir o roubo de iPhone. Por exemplo, se um aparelho em reparo detectar que uma ou mais peças compatíveis foram roubadas de outro iPhone — com o Bloqueio de Ativação ou Modo Perdido ativado —, as funções de calibração dessa peça serão restringidas.

Isso significa que o iPhone vai sempre exigir o reconhecimento facial para acessar dados sensíveis, mesmo se o atual dono tiver a senha do celular. A proteção, aliás, se estende para serviços como registro de senhas, arquivos na nuvem e função de redefinição do smartphone.
A previsão é que o novo sistema comece a funcionar a partir do segundo semestre deste ano. Além de reduzir casos de desmontagem de aparelhos, a Apple espera oferecer mais privacidade e segurança aos donos de iPhone. Outras vantagens incluem aumento da durabilidade dos produtos e redução de impactos ambientais.

Peças da Apple terão mesmos recursos de componentes novos

Outra mudança relacionada a reparos de iPhone é que as peças originais Apple usadas terão toda a funcionalidade e segurança proporcionadas pela calibração de fábrica, como as peças novas.

Em comunicado, o vice-presidente sênior de engenharia de hardware da Apple, John Ternus, disse o seguinte:
“Nos últimos dois anos, diversas equipes na Apple fizeram inovações no design e na fabricação de produtos para permitir reparos com peças Apple usadas sem comprometer a segurança ou a privacidade dos usuários. Com essa expansão mais recente do nosso programa de reparo, estamos animados em aumentar as opções e a conveniência para nossos clientes, ajudando a ampliar a duração dos nossos produtos e suas peças”.
Alguns dos componentes que mais devem se aproveitar desta mudança são os sensores biométricos do Face ID ou Touch ID, que não costumam ser reutilizáveis.

Murilo Tunholi

Murilo Tunholi

Jornalista especializado em tecnologia, jogos, entretenimento e ciência. Já passou por grandes redações do Brasil (TechTudo, Tecnoblog, Terra e Olhar Digital) e trabalhou com relações públicas e assessoria de imprensa na Theogames, atendendo à Blizzard Entertainment e mais clientes do mercado de videogames. É apaixonado pela cultura geek, música e produção de conteúdo. Nas horas vagas, é aspirante a artista marcial e cozinheiro.

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