Na última semana, imagens de uma forte onda que atingiu a orla do Rio de Janeiro chamaram atenção. Neste fim de semana, foi a vez do litoral de Santa Catarina sofrer com um fenômeno parecido: um tsunami meteorológico atingiu a praia de Laguna, no Sul do estado.
As imagens, registradas por um estabelecimento próximo ao mar, mostram que até mesmo carros foram arrastados pela força das águas. Veja abaixo:
Como o tsunami meteorológico é formado
O fenômeno, que também recebe o nome de meteotsunami, é considerado raro e perigoso. Ele ocorre, principalmente, durante a passagem de linhas de instabilidade atmosféricas intensas. Essas linhas de instabilidade são formadas por células de tempestades aproximadamente contínuas e dispostas de forma alinhada, explica a .
Além disso, quando passam paralelas à costa, podem gerar mudanças bruscas de pressão atmosférica e rajadas de vento intensas que colaboram para o avanço da água do mar em direção à praia.
Sobretudo, o alcance da inundação dependerá da inclinação da praia e da presença ou não de dunas. Assim, em praias quase planas, como foi o caso de Laguna, a inundação pode avançar de dezenas a centenas de metros no interior do continente.
Litoral sul do Brasil, sofre nesse sábado um Tsunami Meteorológico .
— Lidia (@Lidiane86305726)
As linhas de instabilidade também provocam “pulsos” de pressão atmosférica que se propagam perturbando as águas da plataforma continental. Elas, por sua vez, tem velocidade de propagação muito próxima à velocidade de avanço da linha de instabilidade, possibilitando uma ressonância quase perfeita entre a atmosfera e o oceano.
Assim, a altura da onda é amplificada e ao se propagar em direção à costa pode se amplificar ainda mais, atingindo alguns metros de altura em um curto período de tempo (minutos). Então, isso provoca uma subida rápida de maré podendo ocasionar ressaca e inundações costeiras.