Após casos de abuso, Discord lança nova ferramenta de controle dos pais

Agora, menores de idade não poderão enviar ou receber conteúdos sexualmente explícitos ou participar de servidores de relacionamento amoroso
Imagem: Discord

Após denúncias de casos de abuso de menores via Discord feitas pelo Fantástico, da TV Globo, a plataforma anunciou um novo recurso de controle parental.

A ferramenta “Central da Família” vai permitir que os pais acompanhem a atividade de adolescentes na plataforma de bate-papo, que é muito popular entre o público gamer. 

Pais vão poder monitorar quais são os usuários que seus filhos têm contato e as comunidades que eles participam. Ela não permite o acesso ao conteúdo dos chats, que continuam privados. O recurso está sendo implementado gradativamente desde ontem, e deve chegar a todos os brasileiros em breve.

Como ativar a nova ferramenta de controle dos pais do Discord?

  • Para ativar o Family Center basta acessar as “Configurações” e depois procurar por “Central da Família”.
  • O passo seguinte é tocar em “Ativar Central da Família”;
  • Depois disso, é preciso escanear o QR code exibido na conta do usuário menor de idade presente na opção “Conectar com o pai”.

Além dos novos recursos de controle dos pais, a empresa promoveu algumas mudanças em suas diretrizes. Agora, menores de idade não poderão enviar ou receber conteúdos sexualmente explícitos e participar de servidores de relacionamento amoroso, todo conteúdo de sexualização infantil gerado por inteligência artificial se tornou estritamente proibido.

Denúncias de abuso na plataforma

O Discord foi objeto de algumas reportagens especiais do Fantástico que revelaram que crianças e adolescentes estavam sendo expostos a conteúdos de violência extrema, crueldade com animais e pedofilia. Algumas menores de idade também foram chantageadas e obrigadas a passar por humilhações e se automutilarem.

Alguns suspeitos foram identificados e detidos pela Polícia Civil, mas a plataforma ficou marcada pela moderação de conteúdo ineficiente e por facilitar a ação de criminosos e a proliferação de conteúdo extremista. Além disso, há uma grande dúvida sobre a real quantidade de comunidades semelhantes que ainda estão ativas no Discord.

Vinicius Marques

Vinicius Marques

É jornalista, vive em São Paulo e escreve sobre tecnologia e games. É grande fã de cultura pop e profundamente apaixonado por cinema.

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