Apnéia do sono: qual a chance de morrer dormindo?
Roncar alto, acordar com a boca seca, ter dificuldade de dormir por várias horas seguidas e despertar durante a noite engasgado ou com falta de ar. Pessoas que se identificam com esses sintomas provavelmente sofrem de um distúrbio chamado apnéia do sono.
Embora seja uma condição bastante comum — cerca de têm –, ela também é potencialmente grave. Isso porque, ao parar e recomeçar a respirar diversas vezes, uma pessoa tem diversas funções do seu organismo prejudicadas.
A apnéia do sono mata?
Pode acontecer, mas não é comum. Em geral, quando as alterações na respiração levam a uma queda nos níveis de oxigênio, a pessoa acorda para restaurar a respiração. Ainda assim, existem raros relatos de indivíduos que morreram por não conseguirem recuperar o ar.
Também há indícios de que a apneia obstrutiva do sono aumenta o risco de morte súbita. De acordo com uma pesquisa publicada na revista , há 3 fatores de risco relacionados com isso. São eles:
- Ter 60 anos ou mais;
- Ter 20 interrupções na respiração por hora de sono;
- Ter níveis baixos de oxigênio no sangue, que é a saturação abaixo de 78%.
Contudo, diversos estudos demonstraram que pessoas com apnéia do sono do tipo obstrutiva, que é o mais comum, têm um risco maior de mortalidade por outras causas. Isso significa que elas têm mais probabilidade de morrer por outros motivos que outras pessoas que não têm apnéia do sono.
Geralmente, o risco maior de morte está relacionado à gravidade das pausas na respiração que a condição ocasiona. De modo geral, os profissionais da saúde avaliam isso em um exame em que os sinais vitais do paciente são monitorados durante toda a noite, enquanto dorme.
Outras complicações da apnéia do sono
De modo geral, a apnéia obstrutiva do sono acontece quando as vias aéreas superiores são bloqueadas na boca e na garganta. Isso afeta a qualidade de sono e também influencia em diversos outros problemas de saúde.
Por exemplo, pessoas que não tratam a condição adequadamente têm maior probabilidade de apresentar frequência cardíaca anormal, pressão arterial elevada, ataque cardíaco, acidente vascular cerebral, doença cardíaca e hipertensão pulmonar.
Além disso, as taxas de doença hepática gordurosa são até três vezes mais altas em pessoas com apnéia do sono obstrutiva. E as pausas na respiração também podem interferir na forma como o corpo controla os níveis de açúcar no sangue, aumentando o risco de diabetes tipo 2.
Por isso, se você se encaixa em parte dos sinais da apnéia do sono, busque ajuda profissional para iniciar um tratamento.