Animação do IBGE mostra crescimento mais lento do Brasil em 150 anos

De 2010 a 2022, o crescimento anual da população do Brasil foi de 0,52%, o menor índice desde 1872
Animação do IBGE mostra crescimento mais lento do Brasil em 150 anos
Imagem: Governo do Estado de São Paulo/Reprodução
A população do Brasil está crescendo, mas a passos lentos. De 2010 a 2022, o aumento populacional foi de 0,52% por ano – o menor índice desde 1872, ano do primeiro Censo Demográfico.

Desde então, o número de habitantes aumentou em mais de 20 vezes. Hoje, são 203,1 milhões. As informações estão no Censo 2022, (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (28).

Em agosto passado, o Brasil tinha 203.062.512 habitantes. Isso representa um crescimento de 6,5% em relação ao Censo anterior, em 2010. Ou seja, são 12,3 milhões de pessoas a mais. O aumento aparece de forma nítida em um gráfico animado que mostra o crescimento da população do Brasil nos 20 municípios mais populosos nos últimos 150 anos. Assista ao vídeo.

Na animação, podemos ver que a cidade de São Paulo, que não figurava na lista inicialmente, superou o Rio de Janeiro (RJ) em 1953, tornando-se a cidade com mais habitantes no Brasil desde então.

Agora, a capital paulista soma 11,5 milhões de habitantes, enquanto o Rio de Janeiro tem 6,2 milhões. O terceiro lugar fica com Brasília, no Distrito Federal, com 2,8 milhões.

Juntos, os 20 municípios mais populosos concentram 22,1% da população brasileira. Além das 17 capitais, a lista também inclui as cidades de Guarulhos e Campinas, em São Paulo, e São Gonçalo, no Rio de Janeiro.

O Censo também mostra que a maioria dos brasileiros (61%, ou 124,1 milhões) está nas cidades com 100 mil habitantes ou mais. Em contrapartida, ainda há muitas cidades pequenas no Brasil. Isso porque cerca de 44,8% dos municípios do país têm até 10 mil habitantes. Mas somente 6,3% da população (12,7 milhões) vive nesses locais.

Distribuição populacional

Apesar do crescimento, uma coisa não mudou nos últimos 150 anos no Brasil: a distribuição populacional continua desigual. O Sudeste ainda é a área com maior concentração de pessoas. Pelo menos 41,8% (84,8 milhões) da população vive nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo. Dentro desse índice, porém, 39,9% vivem em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. O destaque, aqui, vai para São Paulo, que reúne, sozinho, um quinto da população brasileira (44,4 milhões). É uma desigualdade importante ante o estado de Roraima, que soma apenas 636,3 mil habitantes. Amapá e Acre também estão entre os com menor população, com 733,5 mil e 830 mil, respectivamente. A densidade demográfica nessa região colocou o Norte como a segunda região menos populosa, com 17,3 milhões de habitantes. Apesar disso, o crescimento anual foi de 0,75%, a segunda maior entre as regiões. Enquanto isso, o Nordeste soma 54,6 milhões de cidadãos (26,9%). O Sul alcançou 29,9 milhões e o Centro-Oeste continua como a região menos habitada, com 16,3 milhões de brasileiros. O Censo é a maior operação estatística nacional, realizada nos 5570 municípios do país. A realização acontece a cada 10 anos, mas foi adiada em 2020 por causa da pandemia.
Isabela Oliveira

Isabela Oliveira

Jornalista formada pela Unesp. Com passagem pelo site de turismo Mundo Viajar, já escreveu sobre cultura, celebridades, meio ambiente e de tudo um pouco. É entusiasta de moda, música e temas relacionados à mulher.

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