Adoçantes artificiais alteram microbioma intestinal; entenda
Os adoçantes artificiais são escolhas corriqueiras de pessoas diabéticas – que não produzem insulina suficiente – e também daquelas que buscam emagrecer. Porém, um estudo divulgado na revista científica mostrou que optar pelo produto pode não ser a melhor opção.
A pesquisa conduzida por cientistas americanos e israelenses analisou 120 voluntários que nunca haviam utilizado adoçantes artificiais. Os participantes foram divididos em diferentes grupos que receberam sucralose, sacarina, aspartame, estévia ou placebo durante duas semanas.
Aqueles que receberam sachês diários de sacarina e sucralose apresentaram mudanças no microbioma intestinal em apenas sete dias após o início dos testes. Os compostos também impactaram significativamente a tolerância à glicose em adultos saudáveis. O mesmo não foi visto para compostos como aspartame e estévia.
Para confirmar os efeitos dos adoçantes artificiais, os cientistas resolveram criar um microbioma artificial e transplantá-lo no formato de fezes para camundongos livre de germes, que foram criados em condições estéreis e não possuíam microbioma próprio.
Após o processo, a equipe mediu os níveis de açúcar no corpo dos roedores, analisando como os adoçantes poderiam influenciar na tolerância à glicose do animal. Os resultados foram parecido com aquele visto em humanos.
No entanto, os cientistas reforçam que o microbioma de cada pessoa é único e pode receber o produto de maneira diferente, causando reações diversas. Por conta disso, são necessários mais estudos de longo prazo para avaliar os riscos do ingrediente.