Abelhas acasalando levam prêmio Wildlife de fotografia do ano
Foram divulgados nesta semana os vencedores do concurso anual , organizado pelo Museu de História Natural de Londres. O prêmio principal foi para a fotografia de , que se dedicou durante horas para capturar o acasalamento de abelhas.
A foto foi tirada em um rancho no sul do Texas, nos EUA, em que a fotógrafa trabalha. Aigner estava passando pelo local no mês de maio quando notou as tocas no chão cavadas pelas fêmeas da espécie Diadasia rinconis.
Essas abelhas, também conhecidas como abelhas de cactos, são encontradas nas Américas Central e do Norte e vivem ao redor dessas plantas. Elas abrem buracos no chão e armazenam pólem nos espaços, criando berçários para suas larvas.
Na foto de Aigner, é possível ver uma série de zangões cercando uma abelha fêmea. Ali, os machos estão na luta para acasalar com o inseto e passar seus genes adiante. A fotógrafa teve que utilizar uma lente de sonda macro para se aproximar da cena e conseguir o clique.
É esperado que a foto vencedora conscientize formuladores de políticas públicas sobre a situação atual das abelhas. Para ter uma ideia, 70% das espécies de abelhas nidificam no subsolo. Quando essa área é perturbada pela ação humana, os insetos perdem seus espaços de reprodução, o que ameaça as espécies.
O concurso Wildlife Photographer of the Year foi idealizado em 1964 pela BBC Wildlife Magazine. Em 2022, ele contou com 38.575 inscrições de 93 países. Karine Aigner fez história ao ser a premiada na categoria principal desde que o prêmio foi criado.
Outras categorias
Vale a pena conferir algumas fotos que levaram a melhor em outras categorias. Há, por exemplo, o fotógrafo tailandês Katanyou Wuttichaitanakorn, que ganhou o prêmio de Jovem Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano.
Com apenas 16 anos, Wuttichaitanakorn capturou as barbatanas na boca de uma Baleia-de-Bryde (Balaenoptera edeni) em zoom. Os cetáceos utilizam essa parte do corpo para filtrar alimentos. Na imagem, é possível ver ainda uma sardinha no ar que tenta escapar de virar refeição.
A foto tirada por Daniel Núñez na Guatemala também atrai olhares do público. Apesar das cores vivas, a imagem representa o processo de morte do Lago Amatitlán. O local está ameaçado pelo crescimento de algas, proporcionado pelo derramamento de esgoto no curso d’água.
Uma terceira fotografia feita na Rússia também merece destaque. Dmitry Kokh estava se abrigando de uma tempestade em uma ilha no Ártico quando se deparou com ursos polares ocupando prédios abandonados. Você pode saber mais sobre esse dia neste texto do Giz Brasil.