Abadia de Mont-Saint-Michel, ícone da França e do mundo, completa 1.000 anos
A França está com uma programação especial na Abadia de Mont-Saint-Michel: há exatos 1.000 anos, cristãos franceses colocaram a primeira pedra do que se tornaria um dos ícones religiosos e turísticos do país.
Patrimônio mundial da Unesco, a construção milenar fica na ilha Mont-Saint-Michel, na região da Normandia, e atrai milhões de turistas todos os anos. A agenda de aniversário se estende até novembro, com exposições e shows. .
O que é a Abadia de Mont-Saint-Michel
A história do local começa no ano de 708, quando o bispo Aubert afirmou que teve uma visão do arcanjo Miguel. Nos diálogos, o anjo teria lhe dito para construir um santuário para homenageá-lo em uma ilha chamada Mont-Tombe.
Ele obedeceu a ordem e construiu um pequeno santuário em meio às pedras. Depois disso, em 966, o duque Ricardo 1º da Normandia exigiu que monges se instalassem no local. Mas foi só em 1023 que os monges começaram a construir a abadia, como maneira de pedir a proteção de São Miguel.
Enquanto a construção acontecia, os religiosos também começaram a produzir, preservar e estudar um grande número de manuscritos históricos. Dessa forma, o local se tornou um local de peregrinação de todo o Ocidente cristão e também um importante centro de cultura durante a Idade Média.
Transformações na história
A abadia não acolheu apenas monges. Com o passar do tempo, se transformou em um prédio imponente, com arquitetura gótica e organização complexa construída sobre pedra. Por ficar em um ponto estratégico, o local se transformou em porto seguro do Ducado da Normandia, na Idade Média.
Na Guerra dos Cem Anos, permaneceu de pé mesmo depois de diversos ataques dos ingleses contra franceses. Na Revolução Francesa, se transformou em uma prisão, papel que permaneceu durante um período em 1800, sob Napoleão Bonaparte.
Depois que a prisão fechou definitivamente, em 1863, o local estava em ruínas. Em 1874, nasce o conceito de “patrimônio”, e a abadia recebe a classificação de monumento histórico. A partir daí, a França começa a investir em obras de restauração e o local passa a receber os primeiros turistas. O ingresso para visitar a abadia custa 11 euros (cerca de R$ 58).
Hoje, cerca de 15 monges vivem no monumento, que é reconhecido como integrante central nas Rotas de Santiago de Compostela.
Como está hoje
Nos últimos 15 anos, a França gastou 32 milhões de euros – cerca de R$ 170 milhões, no câmbio atual – para restaurar e proteger a abadia da ação do tempo. Veja como está o local hoje.